Um curitibano que compareceu ao Procon nesta semana achou que ia passar incólume com uma fala tipicamente racista. No meio de uma audiência, disse para a outra parte da negociação: “isso é coisa de preto”.
Cláudia Silvano, a diretora do Procon, que relata a cena, diz que assim que foi informada determinou que o episódio constasse na ata da audiência. Ou seja: o crime de racismo estaria registrado em um documento oficial.
“A parte que falou, quando percebeu o resultado do que havia dito, tentou – em vão – já que além do chefe do setor, o conciliador também presenciou o ocorrido, desdizer, alegando que não havia dito”, diz Cláudia.
“Não voltamos atrás e o que foi dito, foi mantido devidamente documentado, para que as medidas cabíveis sejam tomadas”, diz ela. “Não admitimos nenhuma forma de preconceito com quem quer que seja.”