Elisabeth Badinter, autora do livro “O amor conquistado. O mito do amor materno”, desconstrói o imaginário coletivo de que o amor materno é algo intrínseco às mulheres. A autora francesa fala de questões históricas que levaram à valorização do sacrifício feminino em detrimento dos filhos.
Falando assim, parece filosófico demais, mas um grupo de mulheres – das quais algumas em puerpério – tem feito a leitura coletiva da obra de Badinter. Os encontros acontecem quinzenalmente, online e são gratuitos.
A ideia de realizar a leitura coletiva foi da psicóloga Talita Teixeira, de Curitiba. Desde o primeiro semestre deste ano as leitoras iniciaram a leitura da obra. A leitura coletiva, para a psicóloga, permite que haja partilhas de outras questões para além do livro.
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“Muitas mães que estão no grupo também estão retomando o hábito de leitura, então os encontros vão no nosso ritmo. Lemos algumas páginas, discutimos, falamos do que é diferente agora da época em que a obra foi escrita, o que permanece”, diz Teixeira.
Online
O encontro virtual permite que pessoas que não moram em Curitiba também integrem o grupo. Há participantes de Minas Gerais, Espírito Santo e até do estrangeiro, como a Polônia.
A percepção de pessoas que estão em diferentes lugares e contexto sociai permite uma análise mais ampla do que é maternidade e do que é o “amor materno”.
A obra discutida trata também da infância. A mudança ao longo dos séculos no tratamento das crianças e de como isso impacta também na maternidade.
Encontros
O próximo encontro acontece no dia 19 de setembro. Para acompanhar basta entrar em contato por meio do Instagram (clique aqui) e solicitar a participação. Não é necessário ter a leitura prévia do livro.