O Paraná deslocou viaturas da Polícia Militar (PM) para resguardar praças de pedágio nas BRs, agora desativadas com o fim dos contratos da atual concessão no estado, disse em sessão da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (29) o deputado delegado Jacovós (PL).
O patrulhamento de policiais militares estava previsto apenas nas rodovias estaduais, segundo programação apresentada na última sexta-feira (26) pelo próprio governo. Nas rodovias federais, a responsabilidade seria da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O parlamentar afirmou que a medida afeta o serviço de segurança, já que mais policiais em escala de serviço do que o previsto estão sendo colocados para cuidar das praças.
Das 27 praças de pedágio do estado, apenas quatro eram em rodovias do estado. Uma delas é na PR 323, em Sertaneja; outras duas na 151, em Carambeí e Jaguariaíva; e a quarta na 317, em Floresta.
O líder do governo, Hussein Bakri (PSD) não negou. A assessoria do governo disse que a PM não está patrulhando, mas apenas fazendo “segurança do perímetro da praça de pedágio para evitar roubos e depredação”. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) não havia respondido até a publicação deste material o porquê de a Polícia Militar estar nas praças desativadas das BRs nem quantos veículos foram designados para a função.
Mas na última sexta, ao anunciar a força-tarefa entre estado e União para gerenciar os serviços nas BRs e PRs que cortam o Paraná durante o período de transição até as próximas concessões, a gestão de Ratinho Jr. afirmou que a PM ficaria apenas nas rodovias estaduais, inclusive para a manutenção dos imóveis.
“Com a saída das concessionárias, como fica a estrutura das praças de pedágio? Como será a manutenção e a segurança desses imóveis? As praças de pedágio ficarão desativadas até que o novo modelo de concessão seja implementado. Até lá, o patrulhamento dos locais será de responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal para as estradas federais (BR) e da Polícia Militar para as estradas estaduais (PR)”, afirma texto publicado na Agência Estadual de Notícias.
“Faz o que dá”
Em resposta à crítica, o líder do governo na Casa não negou o fato, e disse que neste primeiro o momento todo o sistema passa por um ajuste.
“Faz o que dá”, disse o deputado Hussein Bakri. “O que nós estamos fazendo é isso. Eventualmente pode ter uma galha ou outra, uma rodovia nossa em uma rodovia federal? Pode. Mas o que nós queremos aqui no governo é dar toda a assistência para a população possa ter a segurança necessária”, declarou.
O fim da operação das atuais concessionarias no Paraná era um ponto previsto nos contratos – assinados em 1997.
Somente na véspera da abertura das cancelas o governador fez o anúncio completo do arranjo temporário dos serviços nas rodovias estaduais e federais paranaenses até nova concessão. Meses antes, deputados chegaram a levantar a possibilidade de que o Palácio Iguaçu estaria estudando a extensão dos contratos até que as novas empresas fosses empossadas. Durante a coletiva de sexta, o chefe do Executivo citou uma possível prorrogação – descartada porque “não seria justo com a população”. Mesmo assim, Ratinho Jr. declarou que o governo concentrou energia no planejamento de transição apenas “há alguns meses”.
Sobre o/a autor/a
Deixa que detonem tudo. Ctza que vai sair mais barato para a empresa que vencer a licitação reformar tudo do que o estado vai gastar com diárias e combustível nas viaturas.
Esse é o governo bolsorato que os cidadãos paranaenses apostaram…..
Nenhum planejamento prévio…sem nenhuma proposta à oferecer…..
Pobre Paraná…..