A Sanepar anunciou nesta terça-feira (11), um novo modelo de rodízio para os municípios. A partir desta sexta-feira (14), as residências passam a ficar 36 horas sem água e 36 horas com água.
O corte segue similar ao que já vinha acontecendo: 24 horas sem água, e mais 12 horas para a normalização do serviço. O que muda, no entanto, é que o período com água, entre os cortes, será menor. Se isso acontecia a cada cinco dias, agora acontecerá a cada um dia e meio.
“É fundamental pensar em fevereiro do ano que vem, não mais em setembro”, afirmou o diretor de Meio Ambiente da Companhia, Julio Gonchorosky. Segundo a companhia, o problema agora é que, mesmo que as chuvas de verão aconteçam, não serão suficientes para aplacar os efeitos da estiagem.
Atualmente, os reservatórios estão operando com 28% do volume, quando a quantidade ideal seria 60%. Segundo os representantes da empresa, as alternativas mais rápidas para tentar manter o abastecimento já foram esgotadas, sendo preciso “mudar de estratégia”.
La Niña
A informação do Simepar é de que a estiagem pode ter um agravamento nos próximos meses. Em geral, a primavera e o verão recuperam o que deixa de chover no inverno. Mas além de haver um déficit muito grande, tudo indica a formação do fenômeno La Niña, que diminui ainda mais o regime de chuvas.
Segundo a meteorologia, é impossível prever o que vai acontecer com exatidão durante o semestre, mas seria necessário um fator absolutamente imprevisível e fora do normal para que as barragens se enchessem ainda nos próximos meses.