Moradora de Colombo afirma ter sido vítima do “golpe do cheiro” em Uber

Passageira registrou um boletim de ocorrência e a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a o caso

Na última sexta-feira (04) uma moradora de Colombo, que pediu para não ser identificada, registrou um boletim de ocorrência na delegacia do Maracanã depois de ser vítima do “golpe do cheiro” durante uma corrida feita por motorista da Uber.

O “golpe do cheiro” tem deixado passageiras de várias cidades do Brasil preocupadas. Os relatos mencionam tentativa de dopagem por meio de produtos químicos. No caso de Colombo, a passageira disse ao Plural que sentiu um odor doce.

“Eu chamei no aplicativo, o rapaz aceitou e estava a quatro minutos de distância da minha casa. Aí passou o tempo e ele colocou no aplicativo que estava em frente à minha casa, mas não estava ainda. Aí depois de dois minutos ele chegou. Eu entrei, dei bom dia e somente o vidro da frente do passageiro estava aberto. No que começou a corrida, mesmo de máscara, eu senti meu coração acelerar muito, fui ficando tonta e minha pele ficou ardendo. Depois senti um cheiro doce e não conseguia respirar”, contou a jovem.

Imediatamente a moça se lembrou de relatos feitos nas redes sociais sobre tentativas semelhantes de dopagem e pediu para que o motorista parasse. “Quando eu percebi que eu estava assim eu liguei para minha mãe, ela nem estava próxima, mas eu pedi para ele parar o carro. A primeira vez ele não parou e aí eu falei de novo e no que ele diminuiu a velocidade eu já abri a porta e saí. E ele saiu”.

Depois de conseguir despistar o motorista, a vítima registrou um boletim de ocorrência. A Polícia Civil (PC) instaurou inquérito e está fazendo diligências “a fim de esclarecer os fatos”.

A vítima fez um exame toxicológico para apurar qual tipo de substância inalou e agora lida com as sequelas do ocorrido. “Foi o pior momento da minha vida. Eu durmo pensando nisso e acordo lembrando. Só o que eu sei o que passei ali. Entendi a situação e tentei sair dali o mais rápido possível e graças a Deus eu consegui”.

A Uber foi comunicada pela passageira sobre o ocorrido e questionada pelo Plural. A resposta veio por meio de uma nota emitida pela assessoria de imprensa.

“Com relação ao que vem sendo chamado de “golpe do cheiro”, a única denúncia dessa natureza relativa a viagens no aplicativo da Uber que já teve a investigação concluída pela Polícia Civil, até onde temos conhecimento, ocorreu em Canoas (RS) e o caso foi encerrado após o inquérito policial, já que, de acordo com as autoridades, não houve elementos de prática de crime. Em outro caso, no Rio de Janeiro, o laudo pericial atestou que não foram encontradas substâncias de natureza tóxica, perigosa ou nociva”, diz o texto.

Embora a empresa tenha sido informada pela reportagem de que há um inquérito em andamento instaurado pela Polícia Civil do Paraná, insistiu em afirmar que “Nas demais denúncias mencionadas até o momento, muitas das quais surgem nas mídias sociais e são reverberadas pela imprensa sem se checar o que apurou a investigação conduzida pelas autoridades policiais, não temos conhecimento de nenhum inquérito que tenha sido concluído identificando elementos que comprovem o uso de quaisquer substâncias com o propósito de dopagem ou com o indiciamento do suposto motorista agressor”.

Conforme apurou o Plural, a investigação ainda não foi concluída porque o fato ocorreu na sexta-feira. A Uber, encerrou dizendo que “de qualquer forma, a Uber trata todas as denúncias com a máxima seriedade e avalia cada caso individualmente para tomar as medidas cabíveis, sempre se colocando à disposição das autoridades competentes para colaborar, nos termos da lei” e não informou que o acusado foi excluído da plataforma.

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1 comentário em “Moradora de Colombo afirma ter sido vítima do “golpe do cheiro” em Uber”

  1. Que bobagem dar palco a esta falácia. Como alguém pode ser afetado por um gás num ambiente fechado e o outro não? Claramente gente sugestionada ou mal intencionada.

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