Mais uma vez, a casa da ativista trans Renata Borges foi invadida

Militante entende as invasões como ameaças à sua luta pelos direitos humanos

No sábado (16), Renata Borges viajou para acompanhar a Parada LGBT de Londrina e teve sua casa, em Apucarana, invadida outra vez. “O menino que foi cuidar das minhas coisas me ligou dizendo que, de novo, estava tudo revirado. Eu não consigo saber quem são os invasores, como faço pra lidar com o medo?”, questiona a ativista. 

Recentemente, o Plural publicou uma reportagem sobre a investigação insuficiente conduzida pela forças de segurança de Apucarana em 2018, quando a Delegacia da Mulher se negou a apreender duas facas deixadas sobre a cama de Renata durante outra invasão. Na ocasião, ela também estava fora, cumprindo agenda na defesa dos direitos humanos em Curitiba.

No último fim de semana, o amigo de Renata responsável por cuidar da casa registrou novo boletim de ocorrência mencionando as constantes ameaças sofridas pela ativista e sinalizou que “este poderia ser o motivo para o ocorrido nesta data, como já ocorrera em outras datas”, conforme consta no documento lavrado pela Polícia Civil. 

Ele ainda relatou que “ao chegar na residência percebera que esta estaria com a porta aberta, não apresentando sinais de arrombamento, e o interior desta, com os móveis desarrumados, objetos e roupas jogados pelos cômodos.” Nenhum pertence de Renata foi furtado.

Foto: arquivo pessoal

Na segunda (18), Renata foi à delegacia exigir uma investigação séria. Hoje, uma viatura se deslocou até sua residência. “Eu consegui trocar as fechaduras e quero fazer uma vaquinha para colocar câmeras”, fala a militante trans. A Polícia Civil informou à reportagem que está apurando a situação. “Uma equipe foi deslocada para apurar indícios de autoria e materialidade.”

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