Famílias de pessoas mortas pela PM fazem protesto em Curitiba

Pelo terceiro mês consecutivo, um grupo de famílias de pessoas mortas pela Polícia Militar paranaense usaram o segundo sábado do mês para protestar contra a impunidade dos atiradores. Apesar da chuva, famílias levaram cartazes para a Rua XV de Novembro, […]

Pelo terceiro mês consecutivo, um grupo de famílias de pessoas mortas pela Polícia Militar paranaense usaram o segundo sábado do mês para protestar contra a impunidade dos atiradores. Apesar da chuva, famílias levaram cartazes para a Rua XV de Novembro, distribuíram panfletos e tentaram ser ouvidas pela população.

A Polícia Militar do Paraná vem matando números cada vez maiores de pessoas. Em 2022, segundo as estatísticas oficiais, as forças de segurança paranaenses mataram 483 pessoas. Em geral, essas mortes entram para os relatórios como confronto, uma vez que os policiais dizem atirar apenas como revide. Mas há muita contestação sobre a versão oficial.

Claudmir Nascimento, um dos organizadores das manifestações, tem uma história desse tipo. Seu filho William Lucas foi morto pela polícia em 2021 aos 25 anos. O caso aconteceu em Ponta Grossa. William, segundo o pai, estava em um bar quando um grupo de pessoas chegou em um carro que era perseguido pela polícia. “O William filmou agressões dos PMs e teve testemunha que me disse que a PM prometeu pegar ele”, diz Claudmir. De fato, o rapaz foi morto naquela mesma noite.

O grupo de famílias tem tentado se unir para mostrar os danos que a ação brutal da polícia pode deixar nas famílias. Além da perda de um membro da família, muitas vezes ainda é preciso lidar com o estigma que o crime causa.

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