“Eram muitos caminhões descarregando macas, colchões, camas e biombos. Tudo indo para a tenda montada como um Hospital de Campanha. Uma movimentação bem atípica”, conta um morador do Batel, bairro onde está localizado o Hospital Geral de Curitiba (HGeC), ou Hospital do Exército. No pátio da instituição, grande movimentação e tendas verdes já montadas. Elas vão abrigar novos leitos para pacientes com Covid-19.
O número exato de vagas ainda não foi divulgado, mas serão exclusivas para militares e seus familiares – cerca de 60 mil no Paraná e em Santa Catarina. O módulo reduzido do Hospital de Campanha do Rio de Janeiro (H Cmp) foi enviado pelo Exército à Capital paranaense para aumentar a capacidade de atendimento do HGeC. Montada em 48h, a estrutura tem 144 metros quadrados e terá posto de triagem, dois consultórios e leitos de enfermaria. Ela começa a receber pacientes nesta quinta (18). As quatro novas UTIs foram montadas no prédio principal.
O Hospital de Campanha “não tem a mesma condição de ofertar leitos” mais complexos, avalia o diretor do Complexo Hospital do Trabalhador (HT), o médico ginecologista Geci Labres de Sousa Júnior. Segundo ele, são leitos “de isolamento respiratório”. “Não há como receber leitos de UTI, que precisam de estrutura cirúrgica, de equipe, de rede de gases numa estrutura como esta”, aponta.
O médico considera que a estratégia do SUS no Paraná, de reorganizar leitos e a estrutura em hospitais já existentes, foi mais eficiente em evitar que as pessoas ficassem desassistidas. “Em um ano, não houve falta de suporte porque houve a readequação”, diz.
Ainda assim, o médico avalia que “é uma estrutura que vem somar, até porque é muito difícil qualquer iniciativa, neste momento, não ser de acesso geral”.
Atualmente, o Hospital Geral de Curitiba tem 37 leitos, segundo o DataSUS. São 19 clínicos, 13 cirúrgicos e 5 na UTI. Para o atendimento, são 19 profissionais contratados.
A reportagem entrou em contato com o Exército para mais detalhes sobre o Hospital de Campanha, porém, não houve retorno até o fechamento desta reportagem.
Novos leitos
A Capital e as cidades da Região Metropolitana vivem o colapso na sistema de Saúde desde a última semana, quando hospitais públicos e privados chegaram ao limite da ocupação nos leitos e precisaram fechar os Pronto Atendimentos. Desde então, a Prefeitura – que decretou Bandeira Vermelha, com regras mais restritivas contra Covid-19 – vem tentando expandir vagas para atender os pacientes, que esperam dias em UPAs também lotadas, que registram aumento excessivo no consumo de oxigênio. Há fila para leitos e até para ambulâncias, que se acumulam em frente aos grandes hospitais.
Nesta segunda-feira (15), a Prefeitura contratou emergencialmente “serviços hospitalares para disponibilizar o acesso a 30 leitos clínicos/enfermaria adulto” para pacientes com coronavírus. Eles serão abertos no Hospital São Vicente – CIC. Hoje (16), foram solicitados mais 7 leitos UTI adulto e 8 em enfermaria SUS Covid, no Hospital Cruz Vermelha.
Mais Remédios
Foram ainda adquiridas 3 mil doses de Dexametasona 4mg/ml, injetável – ampola com 2,5ml -, em caráter emergencial, para atendimento de usuários nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s). O remédio é um anti-inflamatório para pacientes que precisam de oxigênio.
A heparina, medicamento para evitar trombose – uma das consequências do coronavírus -, também foi adquirida em caráter emergencial. Foram 200 frascos-ampolas com 5ml na semana passada e outros 3 mil ontem, quando a Prefeitura comprou também 200 suportes para soro. Nesta terça, foram adquiridas emergencialmente mais 6 mil enoxaparina injetável (para trombose).
Colaborou: Bruna Alcantara
É neste momento de convulçao social, onde o medo impera nas pessoas e lamentavelmente as mídias se especializaram em alimentar mais o terror do que a soluçao.
E a mais de um ano este problema vem se arrastando, é evidente que há um caos no sistema hospitalar falta de estrutura negligenciada ao longo de muitos anos; sucateamento do sistema e agora quando se fala em falta de leitos a minha pergunta é a seguinte num momento em que o mais importante é a vida e tudo deveria se fazer para preserva-la ainda se discute se o tratamento preventivo é ou não eficaz, para quem está na fila da morte quer algo que lhe devolva a esperança e não uma discussão acadêmica ou científica do politicamente correto.
Vários hospitais estão no seu limite de acomodações e não suportam mais a demanda porém gostaria de saber o que o governo do estado está fazendo que não providenciou os hospitais de campanha que ora fora anunciado no passado e mais ainda na região metropolitana existe hospitais que poderiam ser absorvidos pelo estado como suporte para este momento caótico ex. Piraquara tem um hospital fechado creio que com capacidade para mais de cem leitos e ainda tem o hospital São Roque que também teria como ser adequado para receber mais um contingente de pessoas então isto é política ou saúde cadê o interesse de resolver .
Demorou, e é insuficiente! As forças armadas, seus generais deveriam respeitar o povo brasileiro e tirar esse genocída do poder! Restabelecendo o direito do povo de sobreviver! Quase 3000 mortes hj! Isso é inadmissivel.
Vacina, lockdown, auxílio emergencial!!!!!
Gostaria de saber onde esta as doses que sjp teve dditeit?Sou da área de saúde autonoma,entro no site para fazer a inscriçao e se encontra fora do ar.O nosso imposto é bem vindo ,mas proteger estes profissionais não precisa.Na cidade de Campo Largo não falta vacina para os profissionais da Área de saúde privada (odontologia)
ate que enfim o exercito se movimentou. Deveria ter encapado essa situação do covid no inicio da praga.