A Estrada do Colono desapareceu em meio à mata. A conclusão é do Ministério Público Federal, depois de um sobrevoo sobre o antigo traçado que cortava o Parque Nacional do Iguaçu.
O piloto da expedição, planejada para ver a viabilidade de reabrir a estrada, mal conseguiu encontrar a “cicatriz” deixada pela estrada, tomada quase completamente pela vegetação desde seu fechamento, há três décadas.
Ligação em meio à Mata Atlântica que servia às regiões Sudoeste e Oeste do Paraná, a estrada vem sendo objeto de atenção de políticos. Dois projetos em Brasília tentam reabrir a estrada.
A nova versão seria uma estrada-parque, modelo não previsto na lei brasileira e recusado pelos procuradores do MPF. Segundo eles, não existe estrada ecológica.
O sobrevoo da região, segundo o Ministério Público, serviu para demonstrar que a estrada não existe mais e que, caso o interesse dos políticos se sobrepujasse ao interesse ambiental, seria preciso, na prática, abrir um caminho novo.
Isso, por óbvio, significaria um desmatamento gigante numa região protegida e de rara preservação da Mata Atlântica. Os procuradores não parecessem dispostos a avalizar isso.
O projeto de Assis do Couto (PDT), revivido por Alvaro Dias (Pode), no Senado, é o que tem mais chances de prosperar, e que por isso mesmo causa mais preocupação nas entidades de preservação ambiental.