Curitiba teve momentos de caos nesta quarta (18) quando uma forte chuva atingiu boa parte da cidade. Pontos de alagamento, falta de luz, destelhamentos interromperam shows, o jantar e aulas por toda região.
Não é uma cena incomum. A cidade já sofreu com outros três temporais fortes este ano, em janeiro, fevereiro e maio. Em todos, houve danos a imóveis, problemas no trânsito e alagamentos.
O Plural fez um mapeamento das ocorrências causadas pela chuva e descobriu que a maior parte dos casos atingiu as regionais Santa Cândida, Cajuru e Centro. Foram analisadas, no total, 155 ocorrências de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros, a maior parte – 95 – registrada nos dias 30 e 31 de maio.
Nos cinco dias de temporal cujos dados o Plural coletou, só a regional Santa Cândida acumulou 52 ocorrências e o Cajuru, 30. Os números apontam uma coincidência entre áreas densamente populadas e os locais com mais alagamentos e outros problemas provocados pelo excesso de chuva.
O mapeamento também mostra raríssimas ocorrências perto dos parques da cidade, criados justamente como parte de uma estratégia para melhorar a permeabilidade do solo na área urbana.
A repetição dos casos de alagamento é uma triste realidade nas áreas mais pobres da capital. Com a chuva de ontem 150 casas da Vila 29 de Outubro, na Caximba, foram destelhadas. O mesmo local já havia sofrido em maio, quando a cidade sofreu com dois dias de temporais seguidos.
Temporal
A chuva desse dia 18, segundo o Simepar, teve rajadas de até 65 km/h e acumulou 21,6mm em apenas 15 minutos. Houve queda de granizo em algumas partes da cidade. Até as 21h15 a Defesa Civil havia registrado destelhamentos no Boa Vista, Portão, Cajuru, Umbará e Caximba. Pelo menos 200 casas foram atingidas.
Pontos de alagamento foram verificados com mais intensidade no Fazendinha, Boa Vista, Água Verde, Boqueirão, Cristo Rei, Parolin e Mercês.
Houve interrupção do show que acontecia na Pedreira Paulo Leminski por causa do vento, que derrubou objetos do palco. E o trânsito teve bloqueio parcial perto do Passeio Público por conta da erosão no asfalto da Pe Camargo esquina com a Agostinho Leão Júnior.
Até o fechamento desse texto não havia registro de vítimas.