Cozinha comunitária do Parolin está prestes a virar realidade

Leitor do Plural mobilizou amigos e adotou o projeto idealizado por moradora, mas ainda falta mão de obra

Falta pouco para que a cozinha comunitária do Parolin, em Curitiba, seja concluída. A idealizadora do projeto é a costureira Isete do Rocio Portes, moradora do bairro. A obra foi viabilizada por um grupo de amigos mobilizados pelo servidor aposentado Juarez Varallo Pont.

A costureira mora em frente ao Morro do Sabão, onde houve um grande incêndio que destruiu centenas de casas no ano passado. Depois da tragédia, Isete começou a receber doações de alimentos e servir para os desabrigados na porta de casa, quando surgiu a ideia da cozinha.

O espaço da cozinha comunitária fica na própria casa da costureira. O marido Reinaldo Portes, que é pedreiro, se disponibilizou a fazer a obra, mas faltava dinheiro ao casal, que recorreu ao Plural para divulgar a ideia.

Café

Pont costuma tomar café lendo o Plural pela manhã. Num sábado leu a reportagem sobre o projeto da cozinha comunitária do Parolin para atender famílias carentes e ficou sensibilizado.

Ele entrou em contato com a costureira e visitou o Parolin. De começo, o custo da obra era estimado em R$ 5 mil pelo casal. Mas após a visita de Pont ele mobilizou outros amigos, engenheiros e arquitetos, que refizeram o projeto com as adequações necessárias e deu a dimensão real do orçamento: R$ 20 mil.

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Apesar da diferença nos valores, os amigos conseguiram doações e custearam do próprio bolso a execução da obra.

“Eu acho que não funcionaria do jeito que eles queriam fazer, não ia resolver os problemas. Então fizemos um projeto com adequação elétrica, hidráulica e também incluímos um banheiro porque não seria viável as pessoas que vão usar a cozinha irem ao banheiro dela”, explica Pont.

Mão de obra

Reinaldo Portes, que estava tocando a obra com o filho, teve problemas de saúde, o que atrasou o cronograma. A expectativa era de que até o fim deste mês tudo estivesse pronto, porém pode ser que demore um pouco mais.

Para que o trabalho não fosse interrompido, o grupo de amigos contratou um outro pedreiro por quinze dias, todavia, o orçamento está se esgotando.

Obras na cozinha comunitária estão na fase final, mas faltam voluntários para ajudar | Fotos: arquivo pessoal

Os materiais todos já estão comprados – inclusive eletrodomésticos como fogão e geladeira – mas é preciso concluir a colocação da cerâmica, forro e instalação das louças do banheiro.

O grupo precisa de pessoas que saibam realizar essas atividades para que a cozinha comece a funcionar. Outra forma de ajudar é com doações em dinheiro, para contratação de profissionais. Nesse caso basta entrar em contato por meio do telefone (41) 99908-7791.

Comunidade

A expectativa é que sejam preparadas ao menos 70 refeições diárias na cozinha. Isete já tem doações de alimentos para servir no café da manhã e também firmou parceira com educadoras para que haja cursos de manejo de alimentos para as mulheres moradoras do Parolin.

“Esse grupo que adotou o projeto foi uma bênção pra gente porque eles deram todo material. Falta pouco para terminar aqui, mas como meu marido não está podendo se esforçar por causa de problema no coração vai atrasar um pouco. Mas está tudo mundo animado para começar”, diz a costureira.

A estimativa é que duas semanas de trabalho de um pedreiro sejam suficientes para concluir as etapas restantes para que a cozinha entre em funcionamento. Em dinheiro isso custaria pouco mais de R$ 1 mil, embora a preferência seja para encontrar voluntários dispostos a ajudar.

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