Grande parte dos boxes do Mercado Municipal de Curitiba se adequou à lei e colocou cartazes com preços dos produtos após a reunião com o Procon. O órgão realizou um encontro há quinze dias com os responsáveis pelos boxes depois de a reportagem do Plural constatar que os clientes tinham que perguntar o preço dos produtos porque não havia placas indicando os valores.
Isso está previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC). O cliente deve visualizar o preço dos produtos sem dificuldade, incluindo o que estão expostos em vitrines.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) os efeitos climáticos nas regiões produtoras brasileiras têm provocado movimentos de alta nos preços de frutas e hortaliças no país. Os dados são do 3.º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado na última semana.
A batata, por exemplo, ficou mais cara em todas as capitais. Em Curitiba o aumento foi de 40,93%. A Conab aponta que a alta ocorreu porque há menor disponibilidade do produto de Minas Gerais e aqui no Paraná, que são grandes abastecedores do mercado nacional.
Este pode ser um dos motivos que faz com que os comerciantes não exponham os preços de forma correta no Mercado Municipal. “Eu sempre usei os preços aqui mesmo, mas dá trabalho trocar tudo”, diz a feirante Maria Aparecida, que há 16 anos trabalha no Mercado.
Durante uma hora a reportagem circulou pelo local e diferentemente do cenário anterior, a maioria dos estabelecimentos tinha cartazes informando os preços, principalmente hortifrúti. Por outro lado a maioria das lojas que oferece outros tipos de produtos não tinham os valores expostos.
O Procon Paraná aceita denúncias sobre descumprimento do CDC, que podem ser feitas por meio do site.
A reunião com os comerciantes ainda não tem data definida. “Nós vamos fazer este chamamento ainda nesta semana”, destacou a gestora do Procon Paraná, Cláudia Silvano.
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