Bancas do Mercado Municipal terão 15 dias para se adequarem e mostrar preços

Após conduta denunciada pelo Plural, Procon fez reunião com comerciantes e pediu acesso transparente aos valores dos produtos

Comerciantes de hortifruti do Mercado Municipal de Curitiba terão 15 dias para adequarem seus espaços e passar a mostrar o preço dos produtos comercializados. Ou seja, cumprir a legislação. O prazo foi definido em reunião nesta quinta-feira (24) com o Procon-PR, organizada após o Plural mostrar o flagrante de bancas do estabelecimento em desacordo com a Lei de Defesa do Consumidor.  

O mesmo alerta valerá também para os mercados regionais, feiras livres, sacolões e de produtos orgânicos espalhados pela capital. O não cumprimento da norma vigente pode resultar em multas que variam de R$700 a R$ 11 milhões. Nessa semana, o órgão também se reunião com produtores de hortigranjeiros orgânicos para discutir um esquema de fiscalização contra a venda de produtos não certificados em redes sociais e grupos de WhatsApp.

No dia 16 de fevereiro, a reportagem do Plural esteve no Mercado Municipal e se deparou com a falta de preços em diversas bancas do piso térreo, onde se concentram os boxes de frutas e verduras. Alguns comerciantes exibiam os preços só de alguns produtos, enquanto uma minoria apresentava as informações corretamente.

Uma das hipóteses pelo desrespeito é que o setor de hortifrúti enfrenta alta rotatividade de produtos e variações constantes de preços.

Mesmo assim, o Procon foi procurado e adiantou que marcaria o encontro para alertar os fornecedores quanto à obrigatoriedade na exposição de preços nos produtos que são oferecidos aos clientes.

“É dever dos fornecedores assegurar o direito à informação, de forma clara e ostensiva, para que os consumidores possam decidir onde comprar”, disse a chefe do Procon-PR, Claudia Silvano, Chefe do Procon-PR, depois da reunião desta quinta.

A gestora disse que, diferentemente das denúncias acumuladas contra o Mercado Municipal de São Paulo, no Paraná não foram identificadas práticas abusivas como a cobrança de valores absurdos por uma pequena bandeja de frutas ou o assédio por parte dos comerciantes.

Na capital paulista, clientes do Mercado Municipal – um dos estabelecimentos mais tradicionais e turísticos da cidade – começaram a denunciar práticas de coação que os obrigava a comprar frutas oferecidas para degustação. Houve relatos de cobranças que chegaram a R$ 800 por uma bandeja.

O Procon-PR disponibilizou um canal de denúncias caso o consumidor encontre alguma irregularidade.

A afixação de preços é regulamentada pelo Código do Consumidor, de 1990, e por outras duas leis federais – a de números 10.962, de 2004, e 14.181, de 2021 -, além da lei estadual 16.721, de 2010. As sanções vão da multa à prisão.

Falsos orgânicos

Nesta semana, o órgão estadual de defesa do consumidor também se reuniu com produtores de orgânicos para discutir pedidos de fiscalização e investigação contra a venda de falsos orgânicos.

A denúncia partiu de comerciantes e produtores de orgânicos. Eles alertaram para o comércio de produtos não certificados em grupos de WhatsApp e páginas nas redes sociais.

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