Brasil tem 2881 pontos de conflitos latentes entre indígenas e garimpo

Número de pontos de conflito latentes aumentou 10 vezes desde 2018

O número de pontos de interseção entre reservas indígenas e áreas de exploração de recursos minerais aumentou 10 vezes desde 2018 quando essas áreas foram mapeadas pela primeira vez pelo projeto Latentes, coordenado pela agência de jornalismo Livre.jor. Na ocasião 245 áreas indígenas tinham áreas de interseção com a exploração mineral.

Esses pontos são chamados de latentes porque pontificam áreas em que a ação de exploração dos recursos naturais entra em conflito direto com a forma como os povos originários utilizam a terra. O mapa com os dados atualizados pode ser visto abaixo ou consultado em tamanho grande no endereço online.

Para calcular o número de pontos de conflito, o Plural sobrepôs o mapa das reservas indígenas já instaladas no país com o mapa de lavras de garimpo já autorizadas ou em processo de autorização junto a Agência Nacional de Mineração (ANM). Ou seja, a análise considera só as áreas indígenas já existentes e os pontos de garimpo legais.

O projeto Latentes havia mapeado também pontos de conflito latente entre o garimpo e áreas de preservação ambiental e áreas quilombolas. No total foram identificados 4.536 pontos de latência. O Plural irá atualizar essas informações nas próximas semanas.

O levantamento original do projeto pode ser consultado aqui.

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1 comentário em “Brasil tem 2881 pontos de conflitos latentes entre indígenas e garimpo”

  1. O requerimento da área pra garimpo, não garante que a autorização foi dada. Específicamente, no caso das terras indígena, essas autorização não podem ser outorgada pelo fato de vedação legal.
    Assim, posso imaginar que a atividade de garimpo, dentro da terra indígena, será sempre ilegal.

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