Para demonstrar proporção do desastre no RS, pesquisadores simulam área de enchentes em mapa de Curitiba

Sobreposição no mapa demonstra a proporção das enchentes no Rio Grande do Sul, que deixou 105 mortos

Desde o dia 20 de abril, quando começaram as chuvas fortes no Rio Grande do Sul, já houve 105 vítimas mortas e 85% dos municípios do Estado foram atingidos, segundo dados da Defesa Civil gaúcha. A tragédia climática afetou 1,47 milhão de pessoas. Apesar das cifras algumas pessoas não têm a dimensão exata do desastre. Para facilitar o entendimento pesquisadores da Urbideias sobrepuseram a área de enchente em Porto Alegre nos mapas das capitais brasileiras, incluindo Curitiba (veja a foto acima).

A meta, de acordo com o arquiteto Richard Viana, é sensibilizar ainda mais as pessoas para aumentar a rede de apoio aos gaúchos. “Em 2020 tivemos o caso da explosão de Beirute e percebemos que as pessoas não tinham noção da dimensão do impacto porque estava longe de suas realidades. À época fizemos um post simulando como se a explosão fosse nas principais do nosso país, e percebemos que as pessoas conseguiam ter muito mais noção do impacto”, explicou o pesquisador ao Plural.

O mapa não é um estudo sobre áreas inundáveis em Curitiba, apenas simula a extensão da área afeta em Porto Alegre e não considera o Vale do Taquari e norte do Rio Grande do Sul.

Leia também: Ré por capacitismo contra cadeirante não comparece à audiência na Justiça

A equipe da Urbideias usou dados do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para criar a sobreposição nos mapas das dez maiores capitais do Brasil.

“Vimos que trazer a dimensão das enchentes para as capitais faria com que as pessoas tivessem mais sensibilidade e noção da gravidade da tragédia. Através do mapeamento conseguimos trazer a realidade local para as pessoas, e consequente gerar uma maior conscientização do problema”, destaca Viana.

Rio Grande do Sul

De acordo com a Defesa Civil estão desalojadas 163 mil pessoas no Rio Grande do Sul, além de 130 desaparecidas. Nos abrigos mantidos pelas prefeituras e pela sociedade civil, estão 67,4 mil pessoas.

O Governo do Estado enviou policiais militares do Paraná para trabalhar em apoio às brigadas militares do Rio Grande do Sul.“As forças estão sendo aplicadas com o objetivo primordial de garantir a segurança e a integridade física da população local, voluntários e agentes que atuam nas operações resgate e acolhimento de sobreviventes. A atuação da PMPR visa coibir ações criminosas como furtos, roubos, crimes contra a vida e o patrimônio, de modo geral”, explicou a corporação, em nota.

viatura polícia
Policiais do Paraná atuam no Rio Grande do Sul | Foto: divulgação/PMPR

No Paraná os Correios recebem e despacham gratuitamente donativos para os gaúchos. Quem quiser também pode deixar as doações no Bek’s (Rua Brasíli Itiberê, 3645), que encaminhará aos Correios.

Também é possível doar levando água, alimentos não-perecíveis, roupas e calçados nos quartéis do Corpo de Bombeiros de Curitiba.

Além disso, empresas têm se mobilizado para ajudar. O Plural em parceria com a Casa Portfolio arrecadam água mineral (saiba como doar aqui).

Sobre o/a autor/a

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima