Aumento de 0,4% na energia elétrica terá menos impacto aos paranaenses

Reajuste virá parcelado em 60 meses por causa da Conta-Covid. Com o empréstimo, Copel prevê redução de 0,9% na fatura dos consumidores residenciais

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que regula o sistema de energia de todo o Brasil, aprovou nesta quinta-feira (25) o aumento médio da tarifa de luz para os consumidores atendidos pela Companhia Paranaense de Energia (Copel). O reajuste foi de 0,41%. Contudo, com a regularização da Conta-Covid, os paranaenses terão os valores descontados em 60 meses (e não mais em 12), o que fará com que as próximas faturas sejam reduzidas em 0,9%, estima a Copel.

A companhia paranaense foi a primeira a ter aprovados os recursos da chamada Conta-Covid, que é um empréstimo às empresas de energia. Ele permitirá diluir o reajuste (de 0,41%) nas tarifas dos consumidores ao longo de cinco anos. Sem Conta-Covid, todas essas despesas seriam incluídas integralmente nas contas de luz, para serem pagas em 12 meses. Com o empréstimo, o impacto aos consumidores será diluído em 60 meses.

Quando liderado o empréstimo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Copel vai receber R$ 536,3 milhões. A Conta-Covid é uma medida estrutural feita pelos Ministérios de Minas e Energia e também de Economia, e pela própria ANEEL. A ideia é aliviar o bolso dos consumidores e, ao mesmo tempo, garantir que as empresas de energia elétrica possam superar os efeitos da pandemia. Entre eles, estão a queda do consumo e o aumento da inadimplência.

Nesse reajuste tarifário, a Copel teve uma alta de 1,13% nas tarifas dos consumidores industriais (alta tensão) e 0,05% nas contas de luz da classe residencial e dos pequenos estabelecimentos comerciais (baixa tensão). Ao calcular o reajuste, a Aneel considera a variação de custos associados à prestação dos serviços.

O cálculo

Os custos são divididos em parcelas A e B. A primeira corresponde aos custos com encargos, transporte e energia. Esse item representou um aumento de 7,82% na composição do reajuste da tarifa. O crescimento se deu devido ao aumento do custo da energia proveniente da Usina de Itaipu, influenciada pela alta do dólar.

A segunda parcela (B) é composta por custos operacionais da própria Copel, como anuidades, remuneração e a depreciação (redução do valor financeiro da empresa). Esse item corresponde a 0,79% do reajuste tarifário. O aumento é refletido pelos 1,88% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a variação dos preços no comércio para o público final. Outros fatores apresentaram um efeito positivo de 1,26% nesse crescimento da tarifa.

Em razão do cálculo, os clientes residenciais da Copel, terão uma redução de 0,95% na tarifa. No comércio e serviços atendidos em baixa tensão, esse valor diminui 0,83%. No caso da iluminação, haverá uma redução de 0,93%.

O reajuste está sendo aplicado de maneira integral às tarifas da Copel Distribuição, de maneira retroativa à última quarta-feira (24). As novas contas já estão sendo aplicadas para clientes dos 394 municípios atendidos pela estatal no Paraná.

A Copel tem hoje 3,8 milhões de consumidores, dos quais 295,9 mil não pagam pela energia elétrica no Paraná. Eles integram programas de atenção à população em situação de vulnerabilidade e são diretamente beneficiadas pelas medidas adotadas para o setor pelo governo federal e pela ANEEL durante a pandemia. Desse total, 160 mil já faziam parte do programa Luz Fraterna, mantido pelo governo estadual.

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