A areia colocada pelo governo do Paraná no trabalho de engorda da praia de Caiobá durou apenas 12 dias. No último dia 19, o Instituto Água e Terra afirmou que o trabalho estava concluído. Bastou a primeira ressaca chegar, porém, que boa parte do trabalho foi levada embora. O mar revolto criou um degrau que em alguns pontos pode passar de 1m50 de altura.
O risco de erosão da areia vinha sendo anunciado pelos pesquisadores da UFPR que acompanham o trabalho de revitalização da orla de Matinhos. Segundo eles, a granulometria da areia pode ter sido equivocada, e os grãos finos demais seriam facilmente arrastados por marés mais violentas. Além disso, o governo colocou a areia extraída do fundo do oceano sem antes colocar as proteções necessárias para evitar problemas com as ressacas.
As obras de revitalização de Matinhos estão orçadas em mais de R$ 300 milhões e ficaram a cargo do Consórcio Sambaqui. Ambientalistas e especialistas da universidade afirmam que a obra nem poderia estar sendo realizada, já que o governo não tem licença ambiental nem obteve aprovações em órgãos necessários, como o Conselho do Litoral. O governo de Ratinho Jr. (PSD) está utilizando uma licença de anos atrás, num momento em que o projeto da engorda era bem diferente.
O Ministério Público solicitou a paralisação das obras, mas o juiz Flávio Antônio da Cruz, da 11ª Vara Federal de Curitiba, que levou onze meses para analisar o caso, decidiu que no momento de seu despacho já era tarde demais para interromper os trabalhos sem danos maiores para o erário.
Degrau “menor”
Depois da destruição de parte das obras nesta semana, o IAT emitiu uma nota em que admite apenas parcialmente o problema. Embora seja nítido que o degrau passa de um metro e que se estende por mais de um quilômetro, o instituto falou em um degrau de 30 centímetros e que se estenderia por apenas 50 metros.
“Devido à ressaca da última segunda-feira (31), um trecho de 50 metros dos 1,8 km que recebeu engorda na praia de Caiobá, apresentou um declive de 30 cm de altura. Importante ressaltar que a areia da praia que integra as intervenções de engorda seguem [sic] em conformação do perfil”, diz o texto enviado à imprensa.
Problema semelhante já havia ocorrido em Balneário Camboriú (SC), onde também foi realizado um trabalho de engorda da praia. Em Santa Catarina, o degrau chegou a 1m70.
Sobre o/a autor/a
Sem dúvida a parte visual ficou bem melhor, pena que acabaram com a restinga e deixaram a praia muito perigosa para banho.
Sobre o custo da obra: em Camboriú a extensão da praia é de cerca de 5 km e em Matinhos de uns 12.
Não concordo com essas alegações pois as correntes marítimas tiram e põe a areia na praia, frequento várias praias e vejo muito esse trabalho da natureza na ilha do mel a areia muda de semana para semana.
O trabalho em Matinhos ainda nem acabou e vocês já estão criticando!
Eu acho que a praia estava horrível e precisava ser feito algo, nossa temporada vai ser maravilhosa com calçadão pista de bicicleta e corrida como em Caiobá!
Para quem elegeu um juiz como senador e reelege o mesmo governador que gastou este valor absurdo na obra, estão reclamando de quê?
O poder judiciário, inclusive suas instâncias recursais, tinha que ser responsabilizado. É um poder caro e ineficiente e age sem qualquer ônus.
Isso eu já sabia… e nem sou geologa nem faço análises de solos… nem sou da área de engenharia…. só uma cidadã que desconfiava que o dinheiro de impostos iria água abaixo….. Ainda mais em se tratando de forças da natureza como por exemplo o avanço do mar….. oooooooô tristezaaaaa
Isso é uma ótima analogia com o que o Ratinho e o Renato Feder estão fazendo na educação pública do Paraná.
Faz parte do plano desse desgoverno:
primeiro detonou a Mata Atlântica, colocando o Paraná entre os líderes de desmatamento do Bioma;
agora implementa a detonação no nosso pequeno litoral, começando pela praia mais visitada.
Esperar o quê do Ratinho Jr?
Faltam também explicações mais detalhadas a respeito do custo da obra de engorda em Matinhos ser quase quatro vezes maior do que a de Camboriú.
O volume de areia usado em Matinhos foi cerca de 30 por cento maior, apenas, e as obras foram executadas pela mesma empresa, com intervalo de poucos meses entre uma e outra.
Com a palavra, a equipe do Ratinho Jr.
Irresponsabilidade do Estado em fazer isso sem estudos mais técnicos. Casas estão sendo inundadas pela areia do vento em Caioba . Muito triste, acabou o verão em Caioba.
Bom, uma coisa é verdade, se tirar a vegetação nativa da praia, a erosão vai acontecer com muita facilidade. Ela que segura a areia realmente. Precisaria de uma boa vegetação entre o calçadão e a faixa de areia desejada.
Completo descaso com o uso de verbas públicas. Governador irresponsável, será responsabilizado?
Isto já sabíamos de ante māo sem contar o material em suspensão onde qualquer sopro de vento maral, ( vento mar terra ) inunda as casas de um pó muito fino e salinizado, segundo os estudos sabíamos que este tipo de situaçāo ocorreria. E sem a proteção de uma vegetação costeira agrava ainda mais este processo ocorrendo uma espécie de desertificação com tempestades de areia.
Isto já sabíamos de ante māo sem contar o material em suspensão onde qualquer vento maral ( vento mar terra ) está inundando as casas de um pó muito fino e salinizado, segundo os estudos sabíamos que está en tipo de situaçāo ocorreria. E sem a proteção de uma vegetação costeira agrava ainda mais este processo de uma espécie de desertificação .