Alvo do PCC, senador Sergio Moro tinha suporte da PM quando vinha ao Paraná

Alvo de planos do PPCC, Moro já sabia das investigações, tinha escolta do Senado e quando vinha ao Paraná tinha suporte da PM

O União Brasil vai pedir escolta da Polícia Federal (PF) ao senador do Paraná Sergio Moro, que estava na mira de ataques planejados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo investigações da própria PF.

Extraoficialmente, a reportagem apurou que Moro já vinha sendo escoltado pelo Senado desde fevereiro, quando teria sido oficialmente informado pela PF sobre as intenções do PCC em investigação. A proteção, porém, ficava limitada a Brasília, o que tornava as viagens do senador “preocupantes” – embora no Paraná ele viesse recebendo suporte da Polícia Militar do estado (PMPR).

Nas redes sociais, o governador Ratinho Jr. afirmou que a PM continuará “garantindo a segurança do senador e de seus familiares” e agradeceu aos policiais pela “atuação rigorosa sob a égide da lei”.

Um longo trabalho de inteligência da PF apontou que Moro, ex-juiz da Lava Jato, e outras autoridades eram alvos de planos que vinham sendo articulados pela organização criminosa, incluindo esquemas de homicídio e extorsão mediante sequestro.

Desde o início da manhã desta quarta-feira (22), estão sendo cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária no Paraná e também nos estados do Mato Grosso do Sul, Rondônia e São Paulo.

“Os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados se encontravam nos estados de São Paulo e do Paraná”, disse, em nota, a polícia. Em São Paulo, o alvo seria o promotor Lincoln Gakiya.

Escolta

O assunto foi repercutido por vários outros parlamentares na sessão desta quarta da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

O deputado estadual Ney Leprevost, também do União Brasil no Paraná, disse que o partido vai entrar com pedido à PF para que a instituição passe a escoltar o senador paranaense e sua família “até que todos os envolvidos estejam atrás das grades e as ameaças estejam cessadas”.

Há informações de que os criminosos chegaram a alugar imóveis nas proximidades das residências de Moro. Um dos endereços oficiais do ex-juiz é em Curitiba.

A PF, contudo, não se pronuncia sobre os detalhes e se restringe a replicar o que já consta em nota. Moro deve falar publicamente sobre o caso nas próximas horas.

Quando ministro da Justiça e Segurança Pública do ex-presidente Jair Bolsonaro, Sergio Moro determinou a transferência quatro líderes do PCC da Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, para a Penitenciária Federal de Brasília. Estava na lista da mudança o cabeça da facção, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Meses antes, órgãos de inteligência descobriram um plano do PCC para resgatar seu líder do presídio de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, onde estava até então.

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