Ação vai implantar agrofloresta para preservar Mata Atlântica no litoral paranaense

Além disso, Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), também vai restaurar 165,5 mil hectares em áreas de reservas particulares

A Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) vai promover a restauração de áreas de reservas particulares de patrimônio natural e 165,5 hectares nos municípios de Antonina e Guaraqueçaba. Além disso, em ambas as cidades, a SPVS também vai implantar agroflorestas.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), sistemas agroflorestais são combinações do uso do solo que permitem coexistência de elementos como árvores frutíferas nativas, espécies que permanecem no sistema por até três anos, componentes agrícolas e, eventualmente, animais.

Essa combinação permite que os agricultores tenham diversidade na geração de renda e, ao mesmo tempo, faz com que o meio ambiente seja menos agredido. Nos casos de monoculturas, por exemplo, o solo é empobrecido e as famílias correm riscos financeiros ao esperar que toda renda venha de um único produto.

A técnica agroflorestal é moderna, mas se vale do conhecimento ancestral. “Isso já era feito por etnias indígenas, quilombolas e caiçaras aqui na região. O que acontece agora é que temos mais mecanismos para medir e eficácia das combinações. Vamos trabalhar com esse 1 hectare (10 mil metros quadrados) e realizar um monitoramento para que, no futuro, tenhamos dados do que deu certo e odo que precisamos aperfeiçoar”, explica o engenheiro florestal e consultou da SPVS, Rodrigo Condé.

Os agricultores de Antonina e Guaraqueçaba vão receber treinamento da SPVS para que entendam os benefícios da técnica agroflorestal ainda neste primeiro semestre. No semestre que vem vamos iniciar o cultivo e no próximo o monitoramento”, destaca Condé.

O trabalho ocorre em áreas do bioma que ainda podem ser enriquecidas em termos de biodiversidade – plantando uma maior diversidade de espécies características de florestas maduras da região. Ele será custeado com apoio financeiro do KfW Entwicklungsbank (Banco Alemão de Desenvolvimento), por intermédio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) no âmbito do Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica

Serão implantadas duas unidades produtivas agroflorestais, com foco em espécies frutíferas da Mata Atlântica e, para isso, mão de obra local será contratada. A combinação de culturas envolverá o plantio de mandioca, milho, feijão bem como de espécies frutíferas nativas como a pitanga, o araçá e o açaí juçara.

A meta é aumentar a cultura diversificada de alimentos e, ao mesmo tempo, trabalhar com espécies nativas como as frutíferas, mas que demoram mais tempo para crescer. As primeiras colheitas devem ser feitas já no ano que vem.

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1 comentário em “Ação vai implantar agrofloresta para preservar Mata Atlântica no litoral paranaense”

  1. “Essa combinação permite que os agricultores tenham diversidade na geração de renda e, ao mesmo tempo, faz com que o meio ambiente seja menos agredido.” – Perfeito! Explorar com renda e preservação. Isso é muito melhor que fechar e não deixar usar. Fechando vai ter o que? Exploração ilegal.

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