Vereadora Fabiane Rosa é presa acusada de ‘rachadinha’

Parlamentar é acusada de ficar com parte dos salários de seus funcionários

A vereadora de Curitiba Fabiane Rosa (PSD) foi presa preventivamente nesta segunda-feira (27), acusada de fazer esquema de rachadinha em seu gabinete. Essa prática acontece quando um servidor público ou prestador de serviços da administração repassa parte de sua remuneração para políticos e assessores.

Pela manhã, a parlamentar foi conduzida até o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Duas viaturas oficiais do Gaeco participaram da ação, cerca de 8 policiais. As buscas e apreensões de documentos ocorreram no gabinete da vereadora.

A defesa deve entrar com um habeas corpus pedindo a soltura da vereadora. Por ter curso superior, Fabiane Rosa será encaminhada à uma cela especial na Penitenciária Feminina de Piraquara. Ainda não há previsão para que ela seja ouvida oficialmente.

A vereadora foi presa em casa e é acusada do crime de concussão, que está no artigo 316 do Código Penal Brasileiro. O crime é caracterizado pelo ato de um servidor público exigir para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

Em nota enviada ao Plural, o advogado de defesa, Jeffrey Chiquini, afirmou que a vereadora sempre exerceu seu mandato de maneira íntegra e correta. Segundo ele, a denúncia em questão foi feita por ex-funcionários afastados de suas funções por uma decisão unilateral da vereadora. O advogado reforça que não houve qualquer prática ilegal durante o mandato e que o pedido de prisão da vereadora foi precipitado, amparado em fatos pretéritos e sem sustento probatório.

O gabinete dela também se manifestou acerca do assunto. Em nota, destacou que os valores da vereadora refletem o compromisso com a causa que a elegeu. Segundo eles, o objetivo da vereadora, enquanto legisladora, sempre foi falar pelos que não tem voz. Além disso, a assessoria dela sustenta que não houve qualquer prática ilegal durante o mandato e a verdade será rapidamente estabelecida.

O Plural entrou em contato com a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) para uma manifestação acerca da prisão da vereadora. Até o momento, não houve retorno.

Julgou arquirrival pela mesma prática

Os boatos sobre uma denúncia de rachadinha na Câmara Municipal estão vindo desde fevereiro. Ao que tudo indica, a denúncia contra Fabiane Rosa foi feita nos mesmos moldes da que foi feita contra a vereadora Katia Dittrich (SD). Ex-funcionários da parlamentar fizeram vídeos denunciando a prática de rachadinha

As duas parlamentares são da causa animal. Fabiane é a presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal e julgou a vereadora Katia Dittrich (SD), conhecida como Kátia dos Animais de Rua, também acusada de ficar com parte dos salários dos seus comissionados.

Não é segredo que as duas não se dão bem e tem as suas discordâncias. Contudo, a vereadora Fabiane já julgou a sua arquirrival pela mesma prática de que está sendo acusada. Em novembro do ano passado, Katia Dittrich foi punida pela prática de rachadinha e ficou 30 dias sem ter direito a palavra na tribuna da Câmara de Curitiba.

Sobre o/a autor/a

2 comentários em “Vereadora Fabiane Rosa é presa acusada de ‘rachadinha’”

  1. Inadmissível que pessoas que se dizem a voz dos animais a usem para benefício próprio. Se os cachorros pudessem falar estariam pedindo danos morais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima