PF identifica mais cinco envolvidos no assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips

Até o momento, três pescadores foram presos na investigação e a PF manteve em sigilo os nomes dos cinco suspeitos que teriam ajudado a ocultar os corpos

A Polícia Federal (PF) informou neste domingo (19) que identificou mais cinco suspeitos que teriam participado do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do repórter britânico Dom Phillips na região do Vale do Javari, no Amazonas. Os suspeitos teriam ajudado a ocultar os corpos.

“As investigações continuam no sentido de esclarecer todas as circunstâncias, os motivos e os envolvidos no caso”, diz o comunicado divulgado pela corporação. A PF não informou a identidade dos suspeitos.

Até o momento, três pescadores foram presos na investigação. Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, que confessou o crime e indicou o local onde os corpos foram enterrados; o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos; e Jeferson da Silva Lima, conhecido Pelado da Dinha, que se entregou no sábado (18), na Delegacia de Atalaia do Norte. Todos teriam participado diretamente do duplo homicídio e tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça do Amazonas.

Investigação

A Polícia Civil do Amazonas também confirmou que “investiga a participação de mais pessoas no crime”. O trabalho de investigação continua em duas frentes. No Amazonas, o comitê de crise criado para encontrar Bruno e Dom continua em busca de elementos que possam ajudar a esclarecer a dinâmica do crime, incluindo a embarcação usada pelo indigenista e pelo repórter quando eles foram assassinados. Em Brasília, peritos do Instituto Nacional de Criminalística examinam os restos mortais recolhidos pela PF.

Arma de caça

Ainda de acordo com informações da PF divulgadas no sábado (18), o segundo corpo encontrado na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, é o do indigenista Bruno Pereira, de 41 anos. A identidade do jornalista britânico Dom Phillips, de 57, já havia sido confirmada na sexta-feira (17).

Segundo peritos do Instituto Nacional de Criminalística de Brasília, o repórter e o servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai) foram assassinados com tiros de arma usada para caça. Pereira foi baleado três vezes, uma na cabeça e duas no tórax, e Phillips uma vez, no peito.

Exames

Comparações entre exames odontológicos entregues pela família de Pereira e a arcada dentária recolhida pelos policiais federais confirmaram a identidade do indigenista. O mesmo procedimento foi usado na identificação do repórter. No caso de Phillips, houve ainda a análise de impressões digitais e características físicas, método conhecido como antropologia forense. “Não existem indicativos da presença de outros indivíduos em meio ao material que passa por exames”, afirma o comunicado da PF.

Motociata

Em passagem por Manaus no sábado (18), o presidente Jair Bolsonaro participou de uma motociata e foi a um ato evangélico. Ele não falou sobre o assassinato de Pereira e de Phillips e tratou, em discurso, da produção de motos, da Zona Franca de Manaus e de pautas de costumes.

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