O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi empossado neste domingo (01), em Brasília, num evento marcado pela simbologia. Cerca de 170 mil pessoas acompanharam a cerimônia de posse, que reuniu também 21 chefes de Estado.
Diferente da primeira posse, em 2003, Lula abordou pautas mais identitárias e contemplou povos originários, negros, mulheres e público LBGTQIA+.
Aos militantes que acompanhavam o evento em Brasília, o presidente agradeceu os votos e disse que irá cuidar de todos os brasileiros e brasileiras. Ele também ressaltou a importância de se combater as desigualdades.
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“Reassumo o compromisso de cuidar de todos, sobretudo daqueles que mais necessitam. De acabar outra vez com a fome. Temos um imenso legado, ainda vivo na memória de cada brasileiro e brasileira”, afirmou.
Havia especulações sobre a entrega da faixa presidencial ao petista, já que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viajou aos Estados Unidos antes da cerimônia, quebrando a tradição.
Lula recebeu a faixa da catadora Aline Sousa, uma mulher negra, e subiu a rampa acompanhado de representantes da população, uma imagem que causou muita comoção nas redes sociais e repercutiu bem no mundo.
Também acompanharam o presidente e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), a primeira-dama Janja, dona Lu Alckmin, o cacique Raoni Metuktire, do povo Kayapó, uma das lideranças indígenas mais importantes do mundo; Ivan Baron, influencer PCD ativista na luta contra o capacitismo; Weslley Viesba Rodrigues, de 36 anos, é metalúrgico do ABC Paulista; o professor Murilo de Quadros Jesus, Francisco Carlos do Nascimento, nadador do Corinthians, que tem 10 anos; Jucimara Fausto dos Santos, cozinheira da vigília Lula Livre, e Flávio Pereira, artesão que ficou na vigília todos os 580 dias em que o presidente esteve preso em Curitiba.
Além dos atos protocolares, militantes que acompanharam a posse também assistiram shows com artistas apoiadores do novo governo. Um dos destaques foi a apresentação da cantora Pablo Vittar, que falou da violência contra a população LGBTQIA+.
Revogaço
Após nomear os novos ministros, o presidente Lula aproveitou para assinar decretos e medidas provisórias que deram um tom mais político aos trâmites da posse.
Lula assinou o documento que mantém a desoneração de impostos federais PIS/Cofins sobre os combustíveis, além de um decreto sobre armamentos, também o despacho determinando que a Controladoria Geral da União (CGU) reavalie, em 30 dias, as decisões que impuseram sigilo indevido sobre informações da administração pública.
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Na área ambiental, foram assinados alguns atos, incluindo um decreto que restabelece o combate ao desmatamento na Amazônia, e outro que restabelece o Fundo Amazônia, com recursos de R$ 3 bilhões em doações internacionais para combater o crime ambiental.
O presidente também assinou o despacho que determina a retirada de programas de desestatização empresas públicas e outro que determina que a Secretaria-Geral da Presidência da República elabore propostas de recriação do Pro-Catadores, programa de apoio a catadores de materiais recicláveis.
Veja um resumo das primeiras medidas adotadas por Lula:
– Assinatura da MP que modifica a estrutura do governo e os ministérios;
– Assinatura da MP que garante R$ 600 de Bolsa Família para os mais pobres;
– Assinatura da MP que desonera os combustíveis no Brasil;
– Assinatura do decreto de armamentos, que inicia o processo de reestruturação da política de controle de armas no país;
– Assinatura de decreto que restabelece o combate ao desmatamento na Amazônia;
– Assinatura de decreto que restabelece o Fundo Amazônia e viabiliza R$ 3 bilhões de doações internacionais para combater crimes ambientais;
– Revogação de decreto que incentivava garimpo ilegal na Amazônia;
– Inclusão de pessoas com deficiência na educação: decreto que extingue a segregação;
– Decreto que remove impedimentos à participação social na construção de políticas públicas;
– Despacho que determina que a CGU reavalie em 30 dias as decisões que impuseram sigilo indevido sobre informações da administração pública;
– Despacho que determina a ministros encaminhem proposta para retirar de programas de desestatização empresas públicas como Petrobras, Correios e EBC;
– Despacho que determina que ministro de estado elabore propostas de recriação do Pro-Catadores;
– Despacho para que Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas proponha, em 45 dias, nova regulamentação para o Conama.
*Com Agência Brasil
Que mulherzinha cafona