Gaeco cumpre mandados de busca e apreensão em endereços de Abib Miguel

Conhecido como Bibinho, ex-diretor da Assembleia Legislativa do Paraná é investigado pelos "Diários Secretos" desde 2013

Na quarta-feira (12), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR), em ação conjunta com os Gaecos de Goiás e Minas Gerais, cumpriu sete mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Curitiba. A ação investiga possível crime de lavagem de dinheiro envolvendo o ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa, Abib Miguel, conhecido como Bibinho.

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Investigações apuram possível crime de lavagem de dinheiro por meio da exploração agrícola de áreas relacionadas ao ex-diretor que foi o alvo principal das operações Diários Secretos e Ectoplasma. Foram apreendidos telefones celulares, computadores e documentos, além de mais de um milhão de reais em espécie (R$1.147.272, para ser exato) encontrado no endereço de um dos investigados em Minas Gerais.

Abib Miguel

A ação deflagrada dá continuidade às investigações desencadeadas em setembro de 2021. Na época, o Gaeco cumpriu 16 mandados de busca e apreensão no Paraná, em São Paulo e em Goiás. As determinações judiciais tinham como alvo Abib Miguel, conhecido como Bibinho e ex-diretor da Alep, um familiar dele, um administrador de suas propriedades, três empresários da área agrícola e um suposto segurança, que seria ex-policial militar.

De acordo com apurações do MPPR, o grupo estaria atuando, a partir de diferentes formas de falsificação ou simulação, para ocultar valores provenientes de exploração agrícola de propriedades rurais pertencentes ao ex-diretor-geral que foram objeto de sequestro judicial, inclusive com determinação de perdimento por ordem da Justiça do Paraná, no âmbito das ações judiciais em que o ex-gestor é réu. 

Diário Secretos

As investigações envolvendo o nome de Abib Miguel começaram em 2013, quando uma série de reportagens conhecidas como “Diários Secretos” foi publicada por veículos de imprensa do Paraná. As reportagens avaliaram diários oficiais da Assembleia Legislativa entre 1998 e 2009.

Na ocasião, foram encontrados funcionários fantasmas que eram contratados através de diários avulsos da Assembleia. Segundo o Ministério Público, os valores desviados eram sacados em agências bancárias e transferidos para contas de Abib Miguel, de seus filhos ou para empresas que pertenciam à família. Estima-se que o valor desviado deu um prejuízo de R$250 milhões às finanças estaduais.

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