A empresa de comercialização de espaços publicitários Clear Channel poderá explorar painéis e demais itens do mobiliário urbano de Curitiba até dezembro de 2032. A renovação foi anunciada pela empresa em abril de 2023 para o mercado publicitário, mas havia sido assinada pelo presidente da URBS, Ogeny Pedro Maia Neto, em 15 de dezembro de 2022. A concessão foi assinada em 2002 pelo então prefeito Cassio Taniguchi (então no PFL) e previa um valor global total R$ 89,9 milhões.
A implantação do mobiliário da Clear Channel na cidade coincidiu com a criação de restrições a veiculação de publicidade na cidade na época, o que reduziu a poluição visual, mas também valorizou espaços publicitários como os da empresa.
Segundo a resposta da URBS a um pedido de informação do então vereador Rodrigo Marcial (Novo), entre 2003 e 2020 a prefeitura de Curitiba recebeu R$ 42,9 milhões pela outorga, menos da metade do valor inicial previsto. Em 2020, por conta da pandemia de Covid-19, a empresa solicitou revisão do equilíbrio financeiro do contrato, com suspensão da taxa da outorga, pedido que foi acolhido pela URBS e concretizado em um aditivo ao contrato assinado também em 15 de dezembro de 2022.
O aditivo prevê a suspensão do pagamento pela outorga de março de 2020 a dezembro de 2022. Com isso a cidade, na teoria, voltaria a ter direito a taxa que é de 15% do faturamento bruto mensal da empresa.
Na resposta a Marcial a Urbs também informou que apesar de ter aberto mão da taxa, a cidade “ganharia” com o contrato cerca de um milhão de reais por mês de economia com o custo de manutenção do mobiliário, além de também arrecadar um milhão por ano de ISS sobre o serviço prestado pela empresa na cidade.
A concessão da Clear Channel em Curitiba prevê a exploração de mais de mil pontos de publicidade em toda a cidade, principalmente em pontos de ônibus e táxi, totens, relógios, bancas de revistas e quiosques.