Os deputados estaduais do Paraná pretendem mudar o modo como são ressarcidos por seus gastos durante o mandato. Embora supostamente o novo modelo seja feito para dar mais transparência ao processo, a reunião que apresentou a proposta nesta segunda foi feita a portas fechadas e com ordens explícitas para que nem jornalistas nem assessores tivessem acesso ao recinto.
As mudanças surgem depois de cobranças do Ministério Público Estadual, que apontou falta de transparência e irregularidades no processo de ressarcimento. Hoje, os deputados apresentam suas contas mensais, com limite de R$ 31,4 mil, e recebem o dinheiro de volta dos cofres públicos, desde que a nota se encaixe em uma das rubricas disponíveis.
Agora, segundo o Plural apurou, a ideia é que algumas das despesas ressarcidas, como hospedagem no interior, gastos com combustível e alimentação fora de Curitiba sejam pagas de outra maneira, como se fossem uma diária. De acordo com os responsáveis pela ideia, a prática é adotada em outros legislativos e dá mais segurança e transparência ao processo.
De acordo com o primeiro secretário da Assembleia, Luiz Claudio Romanelli (PSB), o processo deve começar a tramita em breve para que o novo procedimento esteja em funcionamento ainda neste ano. Segundo ele, a tramitação será a de um projeto normal – será um projeto de Resolução assinado pela comissão executiva, assinado pelo presidente Ademar Traiano (PSDB) e pelos dois primeiros secretários.
O valor total das verbas, que chegam a R$ 20,4 milhões anuais, aparentemente não muda pela nova proposta. O dinheiro corresponde à construção de dez escolas por ano.