Baldeação de ônibus fora dos terminais avança na Câmara Municipal

Vereador Dalton Borba (PDT), autor da proposta, criticou lançamento do Curitiba+, cartão pré-pago da prefeitura para ser usado no transporte público fora de horário de pico

Avançou para a Comissão de Serviço Público da Câmara Municipal de Curitiba o projeto de lei que institui a integração tarifária temporal no transporte público, de autoria do vereador Dalton Borba (PDT). A proposta prevê que usuários consigam fazer a baldeação fora dos terminais sem pagar uma nova passagem.

O texto começou a tramitar em março deste ano e sofreu resistência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Trata-se de uma questão de inclusão social”, defende o parlamentar.

Ônibus

Curitiba tem a tarifa de ônibus mais cara entre as capitais: R$ 6. O preço tem gerado desgaste para gestão do prefeito Rafael Greca (PSD), que tenta amenizar o impacto negativo. Nesta semana o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), pré-candidato ao Executivo, lançou o programa Curitiba+.

O programa prevê que os usuários possam ter um cartão pré-pago com valor de R$ 240 e que pode ser usado fora de horários de pico com valor até 20% menor em relação à tarifa normal. Os créditos têm validade de 30 dias a partir da data de compra ou recarga e o uso é exclusivo das 8h30 às 16h59 e das 20h às 3h59 nos dias úteis; após 8h30 aos sábados; e livre aos domingos e feriados. 

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Conforme apurou o Plural, a medida pretende aumentar a receita das empresas de ônibus que prestam serviço para a prefeitura de Curitiba em até R$ 2 milhões mensais.

A oposição na Câmara leu a medida como uma jogada eleitoral. No X (ex-Twitter) a vereadora Maria Letícia (PV) questionou a efetividade da medida para a população. “Se não usar os créditos em 30 dias o valor volta para a empresa. Onde mesmo está o benefício para o trabalhador?”.

Borba, autor do PL da baldeação, também criticou o lançamento do Curitiba+ a menos de um ano da eleição municipal.

Tramitação

O projeto da baldeação, que passou com dificuldade pela CCJ, ficou dois meses na Comissão de Economia antes de avançar para a de Serviço Público.

“O sistema atual do município de Curitiba, em que pese já ter grande integração dentro dos terminais de ônibus, aquelas realizadas nas estações tubos e pontos de ônibus ainda mostra-se (sic) ínfima. E não ter isto, além de aumentar o tempo da viagem dos usuários (que necessitam, por inúmeras vezes irem até o terminal mais próximo), amplia sem dúvidas os gastos com o vale transporte, quer seja por parte do munícipe, quer seja por parte das empresas que pagam o benefício a seus funcionários e colaboradores”, diz o texto.

Ainda não há data para que o texto vá para votação em plenário.

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