Transporte: integração fora dos terminais de ônibus tramita na Câmara de Curitiba

Texto está na Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização mesmo sem parecer da CCJ

Curitibanos que usam o transporte público podem ser beneficiados com a integração tarifária temporal. A proposta, apresentada pelo vereador Dalton Borba (PDT), está na Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal e, se aprovada, pode ir ao plenário.

O projeto prevê que os passageiros possam fazer integração temporal fora dos terminais de ônibus. O texto provocou grande debate na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e avançou sem parecer.

O vereador Rodrigo Reis (União), relator, apresentou parecer pelo arquivamento. Como justificativa alegou que já existe uma lei municipal semelhante. Já Angelo Vanhoni (PT) votou separado pela tramitação e defendeu que a integração impacta nos custos sociais. Amália Tortato (NOVO) chegou a apresentar o voto separado alegando que o projeto não tinha estudo de impacto orçamentário, mas retirou.

 A votação ficou empatada com quatro votos para cada parecer e, conforme prevê o regimento, seguiu para as demais comissões. Borba, apesar do embate na CCJ, comemorou o avanço do texto. “Foi um debate corajoso, transparente e democrático. A baldeação é um direito do cidadão usuário do transporte coletivo”, destacou.

Entenda

De acordo com o projeto, a prefeitura deve aumentar os pontos em que é possível trocar de ônibus em Curitiba sem precisar pagar mais uma passagem. Atualmente o valor do passe está em R$ 6, o mais caro entre as capitais.

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De acordo com a URBS, atualmente há 72 pontos de integração temporal – cujo tempo varia entre 5 minutos e duas horas. Desses, apenas oito são estações-tubo.

“Em termos ideais, para os usuários do transporte público, a cada desejo de viagem deveria corresponder uma linha de transporte, de modo que ele não precisasse pagar por mais do que uma condução para satisfazer a sua necessidade de deslocamento”, diz o texto. “Nesse contexto, a integração tarifária corresponde a uma certa compensação por não existir um serviço direto de transporte, evitando penalizar uma parcela dos passageiros que precisam realizar transferências e assegurando, assim, um regime de equidade no acesso às várias áreas da cidade.”

O projeto está na Comissão de Finanças e aguarda o parecer do vereador Jornalista Marcio Barros (PSD) para seguir a tramitação.

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3 comentários em “Transporte: integração fora dos terminais de ônibus tramita na Câmara de Curitiba”

  1. Tarifa Zero!
    Em Balneário Camboriu, na primeira semana, já ajudou a reduzir o trânsito, o barulho do trânsito e a qualidade do ar. Também ajudou na economia local, levando a população a lugares aos quais normalmente não iriam.
    O vereador Herivelto Oliveira do Cidadania23 falava sobre isso na Comissão de Urbanismo, mas era SEMPRE calado pelos outros vereadores brancos da ultra direita, como Mauro Bobato do partido Podemos19.

  2. Integração temporal é bom, mas não é o bastante. É necessário implementar passes semanais, mensais ou mesmo anuais, seguindo o exemplo de grandes cidades do mundo, especialmente europeias como Paris, Berlim, Londres ou mesmo Lisboa, já que Curitiba se orgulha das influências do Velho Continente e quer ser exemplo de transporte público para o Brasil e o mundo.
    Imaginem a URBS e as empresas recebendo antecipadamente por um mês de transporte público de inúmeros usuários, o quanto isso impactaria no planejamento financeiro. Imaginem as empresas que pagam vale-transporte aos funcionários economizando ao pagar um valor mensal e não por viagem.
    Isso sem falar nos usuários do transporte público, que economizariam dinheiro e tempo, pois não precisariam dar voltas até terminais para economizar com passagem.

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