O mês de maio registrou uma queda de 11% no valor da tarifa do transporte coletivo de Curitiba pago às concessionárias do serviço. Depois de chegar a R$ 8,36 em fevereiro de 2023, a tarifa técnica de maio ficou em R$ 6,48, 11% menor que em abril, quando ela estava em R$ 7,32. Como a tarifa cobrada pelos usuários do sistema é de R$ 6 desde março de 2023, a diferença entre o valor arrecadado e o valor gasto é bancada por subsídios públicos.
A queda no valor pago aos concessionários se deve ao aumento em um milhão na média de passageiros pagantes previstos no mês. A média de janeiro a abril foi de 10,6 milhões de passageiros pagantes. Em maio, a previsão da URBS foi para 12,3 milhões de passageiros.
A queda na tarifa técnica teve uma consequência prática: a redução da velocidade na evolução do déficit no sistema. Ao pagar R$ 6,48 por passageiro às concessionárias a URBS acumulou em maio apenas R$ 5,9 milhões em déficit no sistema, contra uma média mensal de R$ 17,6 milhões nos quatro meses anteriores. Essa queda representa uma redução de R$ 11 milhões no déficit acumulado no ano.
Em outras palavras, se mantivesse a média, a URBS teria hoje R$ 87,8 milhões em déficit, mas com a tarifa técnica mais baixa o déficit ficou em R$ 76,2 milhões. No ano, a redução pode chegar a R$ 28 milhões.
Então, a tarifa técnica vai 11% em maio, devido a elevação do número de passageiros e a tarifa continua em R&6,00 para os usuários? Como explicar tal mágica?
Pois é. E principalmente o que explica essa variação tão grande de um mês pro outro na tarifa técnica?