A Urbanização de Curitiba (URBS) lançou nesta segunda, dia 13 de novembro, um cartão de transporte pré-pago que irá permitir viagens ilimitadas pelo valor fixo mensal de R$ 240. A nova modalidade de pagamento irá exigir que o usuário se submeta a identificação biométrica e estará disponível apenas para usuários pessoa física.
Com o cartão o passageiro poderá embarcar e desembarcar dos ônibus do transporte coletivo de segunda a sexta, das 8h30 às 16h59 livremente. Nos fins de semana o uso do cartão é possível a partir das 8h30 de sábado até as 3h59 de segunda-feira. Quem usa o transporte nos horários de pico terá que ter dois cartões: o comum, para viagens até as 8h30 da manhã e entre 16h59 e 20 horas e o novo cartão, nos demais horários e fins de semana.
Segundo o presidente da URBS, Ogeny Pedro Maia Neto, a expectativa é atrair cerca de 4% de novos passageiros para o sistema, o que segundo os cálculos do Plural representam 10,2 mil pessoas e uma receita de R$ 2,5 milhões por mês. Deste valor, 80% irá diretamente para as empresas concessionárias do serviço, ou um total estimado em R$ 2 milhões por mês. Atualmente as empresas de transporte de Curitiba recebem cerca de R$ 80 milhões pelo transporte de 11,2 milhões de passageiros por mês.
Ainda segundo Neto, os passageiros que utilizarem o novo cartão não serão contabilizados no cálculo de passageiros pagantes equivalentes e da tarifa técnica, valor real pago às concessionárias, independente do valor cobrado dos passageiros pela tarifa de ônibus. Se confirmado o aumento no número de usuários do sistema com o novo cartão, o total de passageiros chegaria a 11,7 milhões por mês.
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Esse valor é ABSURDO!!! Equivale a 20 dias de passagem ida e volta em qualquer horário. Em qualquer serviço pré-pago para se utilizar por um período, o desconto é muito maior do que se pagar apenas por uma utilização. Até em pet shop, que é normalmente uma empresa pequena sem grandes grupos por trás e sem incentivos fiscais, há plano mensal com custo reduzido. Esse valor é inexplicável e não é capaz de atrair mais usuários.
O dinheiro recebido ser revertido diretamente às concessionárias e NÃO ser utilizado para considerar o valor da tarifa é um escárnio.
Além disso, 240 reais(40 passagens) é um valor muito acima do razoável para um cartão que não pode ser utilizado em horários de pico, só mostra que a prioridade não é a mobilidade urbana,ou o incentivo ao transporte público, mas sim em enriquecer as empresas de transporte.
A ideia não era ruim, mas a execução é péssima