Curitiba abre Conferência da Educação com protesto por representação civil

Vaias e protestos questionaram a falta de representantes da sociedade civil na mesa de abertura do evento

A Conferência Municipal Extraordinária de Educação de Curitiba começou nesta segunda-feira, dia 13 de novembro, sob protestos de delegados representantes de movimentos sociais, estudantes e pais de alunos que foram ignorados na composição da mesa do evento. O evento irá deliberar indicadores para a composição do próximo Plano Nacional e Municipal da Educação com os votos de delegados eleitos dos diversos segmentos sociais.

Após a composição da mesa de abertura do evento com representantes do governo municipal, estadual e instituições de ensino, pais, movimentos sociais e estudantes pediram a inclusão no grupo de seus representantes. Visivelmente frustrada, o cerimonial do evento tentou continuar o evento, mas foi interrompida pela deputada estadual Ana Júlia (PT), que cedeu seu assento à representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais Curitiba (SISMUC), Juliana de Fátima Mildemberg de Lara. A movimentação também garantiu um assento para uma representante das mães de alunos.

Alçada a composição da mesa pela intervenção dos movimentos sociais, a representante dos pais de alunos acabou vaiada após protestar contra o que chamou de “sistema falido do ensino Paulo Freire” e pedir mais formação profissional para “soldadores, mecânicos”.

Segundo a Federação de Pais, Mães ou Responsáveis Legais de Alunos e Alunas das Escolas Públicas do Estado do Paraná (FEPAMEF) ela não representa o movimento, nem fala em nome dos pais e mães de alunos.

A crítica a falta de representação da sociedade civil não se restringiu a composição da mesa da abertura do evento. Durante a preparação da conferência representantes de pais, estudantes e movimentos sociais questionaram a distribuição de vagas entre os delegados eleitos para esses segmentos, o que vai afetar a participação social na composição final do documento da conferência.

Enquanto a sociedade civil tentava garantir um assento na mesa do evento, o secretário de estado da Educação, Roni Miranda Vieira, não compareceu ao evento da maior rede municipal de ensino público do estado.

A conferência continua nesta segunda e terça, quando serão votados elementos para compor o próximo Plano Municipal de Educação de Curitiba.

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2 comentários em “Curitiba abre Conferência da Educação com protesto por representação civil”

  1. Viva o nosso governador Ratinho Júnior! Viva Renato Feder! O legado dessa gente se fará sentir por muito tempo ainda. Como não bastasse os efeitos da pandemia, esse atraso que eles proporcionam à educação terá reflexos duradouros, infelizmente. O pobre continuará pobre, mas o rico ficará mais rico.

  2. Romeu Gomes de Miranda

    O espírito da Conferência é justamente ouvir a sociedade civil . O não convite para a composiçao da mesa, já revela o caráter elitista/exclusivista dos organizadores da conferência. Quanto á fala da representante dos pais, gostaria que ela viesse a público explicar o que ela quis dizer com ” sistema falido do ensino Paulo Freire”. Fui aluno do grande Mestre na PUC- São Paulo e não localizei nem no método, nem na política, muito menos na condução pedagógica, a presença de Paulo Freire na Educaçao do Paraná. Pelo jeito, essa senhora ouviu bater o sino mas não sabe em que paróquia.!

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