A tarifa paga pela Prefeitura de Curitiba às empresas concessionárias do transporte coletivo voltou a quase R$ 7 em outubro, apontam documentos da Urbanização de Curitiba (Urbs). A tarifa técnica chegou a R$ 7,1549 em setembro e R$ 6,9271 em outubro, um aumento de 7% em relação a agosto. Com esse aumento, o déficit calculado do sistema chegou a R$ 122 milhões em 2023. Questionado sobre o tema, o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), disse que “não há déficit porque a prefeitura paga” a diferença durante coletiva de lançamento do novo cartão pré-pago da rede de transporte.
Como 80% do valor do novo cartão pré-pago do transporte coletivo vai para as empresas concessionárias, a adesão dos passageiros a nova modalidade de pagamento irá contribuir apenas com R$ 500 mil dos R$ 12,2 milhões de déficit mensal do sistema.
Segundo o documento de cálculo da tarifa publicado pela URBS, o custo por quilômetro da rede de transporte coletivo subiu, em média, 13% de agosto para setembro. O maior aumento foi no item combustíveis e lubrificantes, que sofreu reajuste de 28% no período. Houve também aumento de 10% nos custos com peças e manutenção, com pessoal e com amortização, 9% com administração do sistema e rentabilidade justa e 13% com impostos e taxas.
Questionado sobre o reajuste, o presidente da URBS, Ogeny Pedro Maia Neto, se irritou e disse não ter tempo para responder aos questionamentos do Plural. Neto estava junto ao vice-prefeito Eduardo Pimentel, que fez o lançamento de um novo cartão pré-pago do transporte coletivo na Estação Eufrásio Correa, no Centro e seguiu para a Câmara Municipal para participar da sessão do dia.
Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço do óleo diesel subiu, em média, 27% entre agosto e setembro em Curitiba. O custo com combustíveis representa cerca de 18% da composição da tarifa técnica.
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