Streaming do Sesc é grátis e tem filmes legais

Sesc São Paulo exibe um acervo surpreendente na internet, com trabalhos de Jim Jarmusch, Ingmar Bergman e Federico Fellini

A pandemia fechou os cinemas e fez surgir algumas alternativas boas de streaming. (Você pode pensar: “Mas só se fala em streaming?!”. É, se fala bastante. Porque quase tudo que você tem para ver – que não seja TV aberta ou a cabo – é streaming.)

Em três meses, houve opções gratuitas de streaming que começaram e já terminaram (sem contar as assinaturas pagas que oferecem uma semana ou um mês grátis), e outras que seguem disponíveis na web. Entre essas, está o streaming do Sesc São Paulo.

O acesso é bem simples: basta entrar na página do Sesc Digital, na internet, e clicar sobre o filme que você quer ver. Não precisa baixar aplicativo, nem fazer cadastro, nem pagar nada.

Toda quinta-feira, quatro filmes diferentes entram em cartaz e ficam disponíveis por tempo limitado, que pode variar de um mês a um ano.

Nesta quarta-feira (8), eram 18 filmes em cartaz, entre nacionais e estrangeiros, ficção e documentário, clássicos e animações.

A seguir, faço uma seleção com as sete opções mais legais, já com o link para a página do filme:

“Paterson”, de Jim Jarmusch (2016)

A história fala de um motorista de ônibus de linha chamado Paterson (Adam Driver, de “História de um casamento”) que é também poeta. Ele vive com a esposa na cidade de Paterson, em Nova Jersey.

O filme acompanha o personagem na sua rotina de viagens de ônibus pela cidade, encontrando figuras inusitadas e escrevendo sua poesia sempre que pode, nos passeios com o cachorro e no bar onde conversa com amigos.

É o trabalho mais sensível de Jarmusch (e a proverbial cereja do bolo na seleção do Sesc).

“Aquarius” (2016)

O diretor Kleber Mendonça Filho, antes de “Bacurau”, contou a história da jornalista Clara, de 65 anos, que enfrenta uma construtora disposta a expulsá-la do condomínio onde vive, em Recife.

“Coração de cachorro” (2015)

O documentário é uma reflexão da artista Laurie Anderson sobre seu relacionamento com a terrier Lolabelle, sua cachorra de estimação.

Lolabelle, a estrela de “Coração de cachorro”.

“Eu sou Ingrid Bergman” (2015)

O diretor Stig Björkman faz um retrato da atriz Ingrid Bergman, que trabalhou em “Casablanca” com Humphrey Bogart, fez filmes com Alfred Hitchcock, Ingmar Bergman e Roberto Rossellini, com quem se casou numa espécie de escândalo para a época (Ingrid era casada e largou o marido para ficar com Rossellini).

Ingrid Bergman e o polegar de Humphrey Bogart, em “Casablanca” (1941).

“Vou rifar meu coração” (2011)

O documentário de Ana Rieper fala sobre o gênero de música conhecido como “brega”, baseado nas músicas de cantores famosos como Agnaldo Timóteo e Amado Batista. Fez um sucesso tremendo quando foi lançado, quase dez anos atrás.

“Os palhaços” (1970)

Um filme que Federico Fellini fez para a televisão e no qual explora um dos temas recorrentes de sua obra: palhaços e circo.

“A hora do lobo”: mais Ingmar Bergman que isso, impossível.

“A hora do lobo” (1968)

É considerado o único filme de terror do sueco Ingmar Bergman (nenhum parentesco com a Ingrid). A sinopse fala de um pintor que, numa viagem de férias por uma ilha remota da Escandinávia, acompanhado da esposa grávida, sofre uma espécie de colapso causado por desejos reprimidos (mais Bergman que isso, impossível).

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