Oscar Pilagallo narra uma história das Diretas Já em “O girassol que nos tinge”

Quarenta anos atrás, o maior movimento popular do Brasil defendia o direito do povo votar numa eleição

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Para o jornalista Oscar Pilagallo, as Diretas Já ocupam um lugar central na história contemporânea do Brasil. “Além de colocar o povo na equação que produziu o fim da ditadura, a campanha testemunhou a ascensão de lideranças que dominariam a cena política no período da redemocratização”, escreve Pilagallo nas primeiras páginas de “O girassol que nos tinge”, livro em que narra uma história do maior movimento popular do Brasil.

Oscar Pilagallo

Esse “uma história” é uma solução elegante. Oscar Pilagallo – com experiência em veículos como a BBC de Londres e a “Folha de S.Paulo” – constrói sua narrativa dos fatos a partir de relatos jornalísticos da época e de livros sobre os personagens envolvidos no episódio. 

Quando cita lideranças que dominariam a cena política, ele se refere sobretudo a Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva, “os dois presidentes mais longevos desde 1985”.

Publicado há pouco pela editora Fósforo, “O girassol que nos tinge” argumenta que uma parte considerável dos brasileiros não viveu as Diretas Já. Três quartos da população atual do país não tinham nascido ou tinham menos de dez anos em 1984. “Talvez seja oportuno, portanto, devolver à memória coletiva as cores daquela história”, afirma o autor.

O título de “O girassol que nos tinge” se inspira no manifesto político de artistas que, talvez rebatendo o verde das fardas militares, dizia: “Queremos usar o amarelo das flores sem medo, o girassol amarelo que nos guia, tinge e alimenta”. Não por acaso, essa frase é a epígrafe do livro de Pilagallo.

Livro

“O girassol que nos tinge – Uma história das Diretas Já, o maior movimento popular do Brasil”, de Oscar Pilagallo. Fósforo, 416 páginas, R$ 99,90. História.

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