O Museu do Holocausto lançou na última semana duas novidades para os curitibanos. A primeira delas é o mais novo recurso interativo do museu que conta com fotos e informações de judeus que estiveram no Brasil durante e depois do Holocausto, a outra novidade é um material educativo que remonta um capítulo singular da história do Holocausto.
Nesta última terça-feira (26), a “Mesa do Acolhimento”, o novo recurso interativo do museu do Holocausto foi aberta ao publico. Ao interagir com as imagens projetadas nela, o visitante acessa informações sobre quase quatro mil judeus que se refugiaram no Brasil devido à perseguição nazista – antes, durante e depois do Holocausto. A mesa multimídia traz fotos dos sobreviventes e uma ficha com suas informações como data e cidade de nascimento, passagem por campos de concentração e por guetos.
Esta é a primeira interface pública com informações retiradas da Base Nacional Integrada de Sobreviventes do Holocausto, criada pelo próprio Museu do Holocausto em 2011 e sob a forma de um sistema único desde 2018. A iniciativa inédita, que cresce diariamente, já servia de ferramenta para diversas atividades, materiais e levantamentos da instituição.
Em janeiro desse ano, uma mesma versão da mesa foi instalada no recém-inaugurado Memorial às Vítimas do Holocausto do Rio de Janeiro – que assumiu o desenvolvimento da interface interativa. Com a parceria entre o Museu do Holocausto de Curitiba e o Memorial no Rio, as informações são disponibilizadas ao público de ambos os espaços por meio da mesma Mesa do Acolhimento.
Usando a própria mesa, é possível solicitar a retificação de informações e a inserção de sobreviventes que não ainda não estão na Base. Um QR Code direciona o visitante a entrar em contato com a equipe do museu. O e-mail é [email protected]
O resgate dos judeus
O material educativo o “Primeiro o ser humano: os 80 anos do resgate dos judeus da Dinamarca”, foi lançado na última semana e conta a história do auxilio que os dinamarqueses prestaram aos judeus durante o Holocausto. Ao contrário de outras partes da Europa, onde o antissemitismo prevalecia, a sociedade dinamarquesa escolheu agir com base em valores de humanidade e solidariedade.
A Dinamarca, embora incapaz de se defender militarmente, viu boa parte de sua população agir de maneira extraordinária no contexto do Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. Enfrentando a perseguição nazista, o país se uniu em um esforço coletivo de empatia e resistência. Cerca de sete mil judeus foram resgatados, evacuados por barcos pesqueiros para a segurança na neutra Suécia, em um ato que ficou conhecido como o “milagre dos resgates”.
O material educativo está disponível gratuitamente e online (aqui) e pode ser usado dentro de salas de aula. O material foi desenvolvido em parceria com o Museu Judaico Dinamarquês em Copenhague, oferece um contexto histórico abrangente, testemunhos em primeira pessoa e histórias de sobreviventes, incluindo aquelas relacionadas ao Brasil.
Serviço
As visitações ao Museu do Holocausto são gratuitas e devem ser, obrigatoriamente, agendadas previamente no site do museu (aqui).
Endereço: Rua Coronel Agostinho Macedo, 248 – Bom Retiro, Curitiba – PR.
Sobre o/a autor/a
