Embora não seja o foco do evento, a premiação é parte integrante do Olhar de Cinema desde sua criação, em 2012. Ao todo, 11 prêmios são entregues: nove pelas mãos do próprio festival, e dois por entidades parceiras como a Associação de Vídeo e Cinema do Paraná (AVEC) e da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Na edição de 2019, o destaque ficou por conta das produções dirigidas por mulheres, que levaram os louros em sete categorias.
O diretor geral e artístico do festival, Antonio Junior, destaca que a premiação é uma forma de apoio e incentivo, para a valorização do trabalho independente: “Acaba funcionando como uma forma de reconhecer e destacar esses filmes, que estão estreando no Brasil”, comenta.
O prêmio máximo da noite, Olhar de Melhor Filme, ficou com a obra Diz a ele que me viu chorar, dirigido por Maíra Bühler. O documentário, que conta com um olhar humanizado sobre os usuários de crack de São Paulo, já havia sido premiado na 41ª edição do Cinéma du Réel, em Paris.
Outro destaque da noite se deu pelo fato da grande obra vencedora ser nacional. “É a primeira vez que um filme brasileiro ganha a mostra competitiva em oito anos de festival”, destaca Antonio. Em todas as edições anteriores, o prêmio sempre acabava sendo entregue a um filme estrangeiro. Para o diretor, a premiação reflete a qualidade da produção do cinema brasileiro atual, que tem ganhado cada vez mais destaque mundo afora.
Já o longa Chão, de Camila Freitas ficou com o Prêmio Especial do Júri, e o Prêmio do Público. Politizada, a obra conta a história de um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), em Goiás, e teve sua estreia mundial entre os 12 filmes brasileiros selecionados para o 69º Festival Internacional de Cinema de Berlim.
Os premiados em todas as categorias podem ser conferidos no site do Olhar de Cinema.
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