Feira Estopim é neste sábado e domingo (7 e 8) na Riachuelo

A sexta edição do evento tem participação de coletivos e promove a diversidade de linguagens

Com a participação de 48 artistas e pequenas editoras de sete estados brasileiros, a Feira Estopim chega a sua sexta edição em Curitiba. O evento tem atrativos para os amantes e colecionadores da arte impressa e de publicações independentes, e acontece neste sábado e domingo (7 e 8), das 13h às 20h. A novidade é que agora dois locais na Rua Riachuelo recebem os expositores, a Alfaiataria Espaço de Artes e o ateliê do Caderno Listrado. 

A Estopim nasceu em 2014, das inquietações e ideias dos artistas Guilherme Jaccon e Luana Navarro, que sentiam falta de um evento dedicado às artes visuais para gerar renda aos produtores e autores, mas que também promovesse o encontro ao movimentar espaços culturais da cidade. “Havia um boom de feiras pelo país todo; em Curitiba, uma galera já produzia publicações, mas tínhamos poucos eventos com esse foco”, lembra Navarro. 

Baronesa

Segundo ela, as publicações de artistas envolvidas são marcadas pela experimentação visual, gráfica e de formatos, porém, quando a estopim nasceu – ainda com o nome Baronesa – essas obras eram raras em museus e exposições, e até hoje não entram em bibliotecas porque não têm ISBN. “São materiais que existem para circular por aí, livremente.”

Lá em 2014, contaram com a parceria da então diretora do Museu da Gravura do Solar do Barão, Ana Gonzalez, para a realização da primeira edição. Por isso, o evento foi lançado como Baronesa, mas depois foi rebatizado. “Com o passar dos anos, entendemos que não fazia sentido ter uma feira com um nome de título de nobreza, uma coisa classista e colonial, a feira não tem nada a ver com isso”, conta a artista e segue falando que as edições também passaram a acontecer em outros espaços da cidade. 

Estopim

Na hora de procurar um novo nome, os organizadores da feira escolheram uma palavra que adoram. “Estopim é o início de algo que pode gerar uma explosão, que pode ser aceso ou não e que, fundamentalmente, pode gerar uma cadeia de acontecimentos; a feira tem a ver com isso”, explica Navarro. 

Para tudo funcionar como um ‘estopim’, a curadoria desta edição selecionou coletivos e se manteve atenta à promoção da diversidade de linguagens. Entre os destaques, estão a presença da Lovely House, Caderno Listrado, Glac Edições, os coletivos universitários Gracon e Consequências, além de editoras especializadas em livros artesanais e de baixa tiragem. Os participantes são dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.

Caderno Listrado

O ateliê de encadernação artesanal e estúdio de impressão serigráfica Caderno Listrado não se contentou em apenas participar da feira, virou parceiro. Com isso o espaço para esta sexta edição ficou maior e o público poderá conhecer mais artistas e ver mais obras como zines, livros, fotolivros, quadrinhos, fotografias, gravuras e adesivos.

Giuliana Teles, do caderno, conta que o convite para a parceria foi recebido com muito carinho, entre outros motivos, devido à importância de iniciativas desse tipo para os artistas e pelas trocas proporcionadas, bem como pela difusão de técnicas. “Para além do nosso prazer em poder realizar a feira junto, a Estopim marca um lugar das artes gráficas na cidade”, fala Teles e finaliza: “Vida longa a Estopim, que venham mais edições!”

Feira Estopim

Neste sábado e domingo, 7 e 8 de outubro, das 13h às 20h, na Alfaiataria Espaço de Artes e no Ateliê Caderno Listrado (Rua Riachuelo, 274 – Centro). Outras informações aqui.

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