Cinco textos para arriscar em peças do Festival de Curitiba

A boa dramaturgia e a literatura são sedutoras para quem deseja uma aventura fora da mostra principal da 31ª edição do festival

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Ficar na zona de conforto e assistir somente aos espetáculos da Mostra Lúcia Camargo, a principal do Festival de Curitiba, pode acabar por impedir que você descubra novos talentos e tenha boas surpresas. Uma boa saída para quem não tem medo do novo e do experimental é buscar nos textos as dicas do que pode agradar. 

Pensando nisso, o Plural fez uma lista a partir da programação do Fringe, onde existem peças que nasceram a partir da boa dramaturgia e de autores consagrados na literatura mundial. São apostas arriscadas, mas que podem fazer o coração bater mais forte – junto com os aplausos. Confira.

1 – “A Culpa”

O espetáculo do grupo capixaba Antônimos, é um solo interpretado por Luiz Carlos Cardoso, é uma adaptação do texto “Carta ao Pai”, de Franz Kafka (1883-1924). A obra original é um livro póstumo do autor, uma carta em que expressa sua mágoa pelo pai autoritário.

Apresentações nos dias 5 e 6 de abril, às 19h, no Teatro Novelas Curitibanas (Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1.222 – São Francisco). Ingressos a partir de R$ 10 (meia).

2 – “Um Inimigo do Povo”

A peça é um dos grandes textos da dramaturgia moderna, certamente um dos mais conhecidos e montados nos teatros em todo o mundo. A obra é do autor Henrik Ibsen (1828-1906) e foi escrita há mais de 140 anos, porém seus temas continuam vivos (a verdade frente à mentira, os interesses econômicos, as instituições). A montagem nesta edição do festival é uma tragicomédia da companhia Clube Curitibano e tem direção de Mauro Zanatta. 

Apresentações nos dias 1º e 2 de abril, às 20h, no Teatro Alcides Munhoz (Clube Curitibano, na Avenida Getúlio Vargas, 2857). Ingressos a partir de R$ 10 (meia).

3 – “Odisséia – Canto XIII”

O solo de Pedro Inoue é parte de uma batalha que o diretor Octavio Camargo, ao lado de vários atores de Curitiba, resolveu encampar para encenar o texto integral da Ilíada e da Odisséia de Homero, na tradução de Manuel Odorico Mendes. Circulando no formato de espetáculos independentes, o projeto está nos palcos desde os anos 2000, ou seja, tem mais tempo de estrada do que durou a Guerra de Troia. Pode até parecer muito, mas lembre-se de que cada um dos livros tem 24 cantos.

Sessão única no dia 8 de abril, às 18h, no Teatro Novelas Curitibanas (Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1.222 – São Francisco). Ingressos “pague o quanto vale” (o valor é definido pelo espectador).

4 – “O Corvo”

Não está indicado na programação se esse espetáculo experimental, da Cia Quiça de Blumenau-SC, foi inspirado ou adaptado a partir da obra de algum grande autor. Mas a sinopse fala de um homem atormentado pela perda de sua amada, solitário, tomado pelas dúvidas entre a vida e a morte. Junte o nome Lenora com um corvo no enredo e pronto, não precisa ser gótico nem apaixonado por poesia para concluir que estará em cena o universo de Edgar Allan Poe (1809-1849).

Apresentações nos dias 4 e 7 de abril, às 16h, no Espaço Cultural Espetáculo (Av. Sete de Setembro, 2620 – Centro . Ingressos a partir de R$ 25 (meia).

5 – “Sobre Lendas e Mulheres”

Essa montagem, encenada por Cleo Cavalcantty e Luana Godin com direção de Lourdes Araújo, é espetáculo musical livremente inspirado no livro “Mulheres que correm com os lobos” (1989), da psicóloga Clarissa Pínkola Éztes. Tá, alguns podem torcer o nariz pelo adjetivo ‘consagrada’ não ser a melhor entre as melhores definições para essa literatura. Mas o título já passou dos 65 mil exemplares vendidos e fala de um arquétipo que continua em discussão, o da Mulher Selvagem. 

Apresentação no dia 8 de abril, às 20h30, nas Ruínas de São Francisco (Av. James Reis – Centro). Espetáculo gratuito.

Para outras informações, visite o site do Festival de Curitiba ou clique aqui

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