Na série “O caso Celso Daniel”, diretor de “Estômago” investiga o assassinato do político petista

Cineasta Marcos Jorge destrincha a história com versões que vão do crime urbano à queima de arquivo em produção da Globoplay

De dois em dois anos, a cada processo eleitoral, o assassinato de Celso Daniel, prefeito de Santo André, no ABC paulista, volta à tona. Foi um sequestro que acabou mal ou uma queima de arquivo para acobertar um milionário esquema de corrupção que envolvia o Partido dos Trabalhadores?

Nos 20 anos da morte do político petista em ascensão, a Globoplay acaba de lançar “O caso Celso Daniel”, uma série em oito episódios para mostrar como se deram as investigações e as principais versões sobre o homicídio. Dois capítulos são lançados a cada semana.

O curitibano Marcos Jorge – do premiado “Estômago” (2007) – responde pela direção e pelo roteiro. Em entrevista ao jornal “O Globo”, o cineasta afirmou que a produção é uma crime story, mas acabou virando também uma “série de humanidades” por analisar as complexidades do ser humano.

Os primeiros dois episódios disponíveis contam com imagens da época e reconstruções dos momentos do sequestro e das sucessivas investigações comandadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual de São Paulo.

Figurões do PT e outros políticos relatam fatos e interpretações sobre o crime: de José Dirceu, que era presidente do partido na época, a Gilberto Carvalho, ex-secretário de Comunicação de Santo André, passando por Miriam Belchior, ex-ministra do Planejamento e ex-mulher de Celso, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Delegados e promotores que tiveram papel ativo nas investigações também dão seus depoimentos, assim como o irmão de Celso, Bruno Daniel, e a viúva, Ivone de Santana. Sérgio Gomes da Silva, braço direito do prefeito e conhecido como Sombra, morreu em 2016. Ele, que chegou a ser preso e em seguida foi solto pelo Supremo Tribunal Federal, foi apontado como mandante do assassinato.

O caso Celso Daniel continua sendo um dos episódios recentes da política brasileira a despertar interesse. O prefeito foi sequestrado por um grupo de bandidos na noite do dia 18 de janeiro de 2002, após sair de uma churrascaria em São Paulo. Seu corpo foi encontrado dois dias depois numa estrada de terra em Juquitiba, nos arredores da capital.

As investigações concluíram que o prefeito foi morto por uma quadrilha especializada em sequestros com base na Favela Pantanal, na zona Sul da capital, mas integrantes da família acreditam que o homicídio teve motivação política. Exatos 20 anos depois, a série procura ser uma obra de referência sobre o caso.   

Streaming

“O caso Celso Daniel” está em cartaz na Globoplay.

Sobre o/a autor/a

1 comentário em “Na série “O caso Celso Daniel”, diretor de “Estômago” investiga o assassinato do político petista”

  1. caso mal explicado! primeiro foi um sequestro aleatório,mais sequestram somente quem estava na carona, deixaram o motorista ,que por sua vez nao consegui travar o carro que era blindado, e s sequestradores atiraram nos pneus.nao foi um sequestro qualquer eles sabiam quem iriam pegar um sequestro qualquer não tem cativeiro ou v,arios carros para um sequestro .eles poderiam ter pedido recompensa, mais nao pediram.era pra matar , espacaram ele para tirar algo dele , e depois mataram.e nao mataram por simples crime de corrupcao em prefeitura, tem ago muito pior por tras algo que poderia acabar com planos muito mais audaciosos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima