“Sonata ao luar” teve apenas uma edição, publicada em 1945. Dalton Trevisan estava com 20 anos. De lá para cá, o autor escreveu, reescreveu e publicou centenas de contos e dezenas de livros. Além de ter ganhado prêmios aqui e ali – inclusive o Camões, o mais importante da língua portuguesa, em 2012. Mas “Sonata ao luar” continuou com uma edição só, fora de catálogo há quase 80 anos.
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Agora, o livro que deu início à carreira de Trevisan vai ganhar uma reedição pela curitibana Arte e Letra, com tiragem limitada de 150 exemplares. O editor Thiago Tizzot confirmou a informação em primeira mão para o Plural, logo depois de assinar o contrato com o autor de 98 anos nesta quarta-feira (23).
Dalton Trevisan
Trata-se de uma notícia bombástica num meio – o literário – em que notícias bombásticas são raras. Como leitor de Dalton Trevisan, Tizzot conhecia “Sonata ao luar”, um título famoso por estar esgotado há décadas. E também por ser um livro que o autor nunca quis reeditar. “Mas não custava perguntar”, diz Tizzot, sobre a ideia de publicar “Sonata ao luar” mais uma vez depois de 78 anos.
Então Tizzot apresentou a ideia para a editora Fabiana Faversani, que trabalha com Trevisan e cuidou do projeto da nova edição. A negociação foi rápida e, em questão de um mês, o escritor disse sim.
“Sonata ao luar”
Hoje, em um sebo em São Paulo, dentro da “Estante Virtual”, um exemplar de “Sonata ao luar” sai por R$1.200. Outro sebo, também paulistano, pede R$1.600. A reedição limitada feita pela Arte e Letra ainda não tem preço confirmado, mas não deve ultrapassar os R$100.
De acordo com Tizzot, a nova edição de “Sonata ao luar” deve sair ainda neste ano. Em breve, a editora vai divulgar detalhes sobre como pretende vender o livro.
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