Com mais de 100 obras, a exposição “Sonoridades de Bispo do Rosário” chega ao Museu Oscar Niemeyer (MON) para levar ao público o legado de um dos nomes de destaque na arte contemporânea brasileira. Os itens são peças assinadas por Arthur Bispo do Rosário (1909–1989) e também obras criadas em diálogo com sua produção, assinadas por outros artistas influenciados por ele.
O acervo tem instalações, objetos, colagens, assemblages e estandartes. Além de peça do artista tema da mostra, os visitantes podem ver obras de Antônio Bragança, Eduardo Hargreaves, Fernanda Magalhães, Guilherme Gontijo Flores, Leonardo Lobão, Marlon de Paula, Paulo Nazareth, Rick Rodrigues e Stella do Patrocínio. A curadoria é de Luiz Gustavo Carvalho.
Arthur Bispo do Rosário
Arthur Bispo do Rosário passou boa parte de sua vida em um dos maiores hospitais psiquiátricos do país no século passado, a Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro. Carregou vários estigmas de marginalização social – negro, pobre, louco, asilado em um manicômio – e conseguiu subverter a lógica excludente a partir da sua obra.
A sua cela no Núcleo Ulisses Vianna tornou-se um ateliê. Durante anos, o artista desfiou os uniformes azuis do hospício, como forma de revolta e denúncia contra a prisão manicomial, depois passou a bordar e rebordar essas vestes, escrevendo, ocultando e criando cartografias que ultrapassam as fronteiras entre o real e o imaginário, o consciente e o inconsciente.
O trabalho de Arthur Bispo do Rosário ganhou exposições nacionais e internacionais ao longo das últimas décadas, além de ser tema de livros, filmes e peças de teatro, entre outros registros.
Exposição “Sonoridades de Bispo do Rosário”
Até 5 de novembro, na sala 6 do Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999). De terça a domingo, das 10h às 17h30 (permanência até 18h). Ingressos a R$ 30 e R$ 15 (meia). Toda quarta-feira, entrada gratuita. Outras informações e ingressos no site do museu.
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