Linha Verde: os caminhos para que a obra seja concluída

Sugerimos ao Executivo uma completa reformulação do edital e dos projetos da intervenção no Trevo do Atuba

A obra da Linha Verde é uma das mais complexas da história de Curitiba. São 22 km de extensão, passando por 22 bairros e com a pretensão de unir as duas metades da cidade, que eram divididas por uma rodovia. Por sua magnitude, a intervenção foi dividida em lotes. E mesmo assim, o desafio é imenso. Até por isso, já se passaram anos desde o seu início.

Não existe justificativa para tanta demora, claro. É dever do Poder Público usar as melhores práticas e instrumentos para que não ocorram problemas e atrasos como os do lote 4.1, do Trevo do Atuba, que teve dois contratos licitados e posteriormente rescindidos. São milhares de curitibanos que sofrem com congestionamentos naquela região. E eles merecem uma resposta para isso.

De minha parte, como vereadora aqui na Câmara, trabalho incansavelmente para agilizar a conclusão da Linha Verde. Desde o começo do mandato, em 2021, fizemos seis requerimentos de informações e duas sugestões à prefeitura. Nossa fiscalização alertou com antecedência, no final do primeiro semestre de 2021, para os problemas e atrasos ocorridos com o consórcio Solar no lote 4.1. Mesmo assim, a rescisão do contrato só aconteceu em dezembro daquele ano!

Mais recentemente, sugerimos ao Executivo uma completa reformulação do edital e dos projetos da intervenção no Trevo do Atuba. Também recomendamos à prefeitura a adoção de modelagens mais modernas para os contratos. Tudo isso é importante para que a nova licitação não tenha o desfecho das duas anteriores – atrasos e rescisão. E, claro, para que a obra seja finalmente finalizada.

Nossa atuação nessa questão não se dá apenas usando ferramentas legislativas. Eu e minha equipe fizemos visitas à região. Conversamos com moradores, comerciantes, pessoas que são afetadas pela demora na conclusão da obra. Também fizemos reuniões com a Prefeitura, Ippuc, Secretaria de Obras… Tudo para entender a questão com profundidade e poder agir de acordo com o lema do nosso mandato: melhorar a vida dos curitibanos.

Obras da Linha Verde no Atuba
Obras do Lote 4.1 da Linha Verde Norte, trecho entre a Estação Solar e Estação Atuba. Foto: Daniel Castellano / SMCS

As dificuldades que encontramos para obter informações atualizadas sobre esta obra motivou a apresentação aqui na Câmara de um Projeto de Lei para dar mais transparência às obras públicas. Eu e Amália Tortato, minha colega da bancada do Novo, queremos que qualquer cidadão possa exercer o papel de fiscalização, encontrando de forma centralizada e fácil, por obra, os valores gastos, projetos, status da obra, fotos, responsáveis técnicos, registro de todas as decisões do TCE-PR, caso tenha fiscalizado a obra, etc. Informação pública precisa estar acessível e ser mais difundida. Leia a íntegra do nosso projeto.

Eu e Amália convidamos o secretário de Obras, Rodrigo Rodrigues, para vir à Câmara dar explicações sobre a Linha Verde. Foi uma oportunidade para os parlamentares fazerem questionamentos e cobranças sobre a questão. Além das respostas dele, a Prefeitura precisa mostrar de forma clara o que está fazendo para que essa demora seja resolvida de uma vez por todas. A população precisa dessa obra concluída. E o quanto antes!

É nossa firme convicção que aqui na Câmara de Curitiba temos que fiscalizar e ter uma postura propositiva e resolvedora dos problemas que afetam a vida dos cidadãos. Adoto isso tanto para a Linha Verde quanto para as demais questões que são trazidas à atenção do meu mandato. Meu compromisso é com os curitibanos e trabalharei incansavelmente para defender o que eu acredito.

Sobre o/a autor/a

Compartilhe:

Leia também

O (des)encontro com Têmis

Têmis gostaria de ir ao encontro de Maria, uma jovem vítima de violência doméstica, mas o Brasil foi o grande responsável pelo desencontro

Leia mais »

Melhor jornal de Curitiba

Assine e apoie

Assinantes recebem nossa newsletter exclusiva

Rolar para cima