OVNI ou disco voador – nada de novo no ar

Apesar dos registros do Pentágono há quase duas décadas, 144 casos, os objetos voadores não identificados continuam justificando plenamente o nome

Como tudo é possível, ou mais do que possível, bastando ver o que ocorre com o (des)governo bolsonarista, há quem ainda alimente uma incontida paixão pelo enigma dos discos voadores. Vai daí que, depois de ler o Plural, é claro, mergulhou na edição deste mês da Superinteressante, Editora Abril, que destaca os avistamentos de OVNIS. Afinal, nos últimos 17 anos, como destaca a revista, “o Pentágono registrou 144 avistamentos de objetos voadores não identificados” – e traz “os casos mais instigantes e as teorias mais plausíveis sobre o que pode estar por trás deles”. A matéria é de Bruno Garattoni e Tiago Cordeiro.  

Sobre o tal de avistamento vale destacar: ato ou efeito de avistar, de alcançar com a vista; suposta visão de um objeto voador não identificado – ou de um fenômeno alegadamente extraterrestre. Até porque a publicação traz uma série de imagens onde os OVNIS são pequenos pontos, ou manchas. Ou seja, resultado de observação por múltiplos sensores. Longe de ser uma imagem bem definida, de cinema, e dos velhos tempos de Hollywood.  

O primeiro caso (oficial)  

Ainda da revista: o Pentágono coleta dados de forma discreta desde 2007 como parte do pouco conhecido “Programa de Identificação Avançada de Ameaças Aeroespaciais”. Para muitos, o depoimento do piloto americano Kenneth Arnold é tido como o primeiro relato “oficial” de aparição de um OVNI. No dia 24 de junho de 1947, ao sobrevoar o Monte Rainier, em Washington, Arnold teria avistado 9 objetos em formação, semelhantes a discos, movendo-se velozmente. Surgiu daí o termo que se tornaria popular – disco voador.  

E por nossas bandas?  

Em abril de 2018 havia perguntas no ar: você acredita que possa haver vida em outro planeta? Ou que extraterrestres podem já ter visitado a Terra? Com o intuito de responder essas e outras perguntas, profissionais da Força Aérea Brasileira (FAB) teriam guardado relatos, áudios, fotos e vídeos de objetos voadores não identificados (OVNIs) feitos por civis e militares. Esses documentos seriam enviados para o Arquivo Nacional (AN), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, que além de guardá-los, cuidaria da preservação, permitindo o acesso ao público.  

Assim sendo, o Arquivo Nacional contaria em seu acervo com 743 registros sobre a aparição de OVNIs. Isso não quer dizer que foram vistos 743 discos voadores e sim qualquer objeto no céu que não foi possível descobrir de imediato sua origem natural. Ou seja, um disco voador nesse caso poderia ser um drone, uma estrela, um satélite, um balão meteorológico ou até mesmo um fenômeno natural. Entre os registros do AN, a primeira ocorrência é de 1952 e, a última, de 2016.  

Um prato voador  

A primeira documentação da aparição de um OVNI no Brasil aconteceu na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, e foi registrada com nove imagens fotográficas. O objeto é comparado ao avião DC-5 na primeira foto. As demais, no entanto, mostram que ele tinha formato de disco, lembrando um prato. E, além dos OVNIs temos os OSNIs – Objetos Submarinos Não Identificados.  

E faz sentido, já que os oceanos cobrem 71% da superfície da Terra – não seria por falta de espaço. Longe do espaço sideral.  

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