Lava Jato denuncia Beto Richa por corrupção em obra da PR-323

Tucano, irmão, primo e ex-secretário são acusados de fraudar licitação bilionária

O Ministério Público Federal no Paraná denunciou o ex-governador Beto Richa (PSDB) por corrupção na licitação da PR-323, uma obra que o governo do Paraná pretendia fazer no sistema de Parceria Público-Privada e que estava estimada em R$ 7 bilhões.

Além de Beto, foram denunciados algumas das pessoas mais próximas ao tucano, como o o irmão de Beto, Pepe Richa, ex-secretário Ezequias Moreira e o primo de Beto, Luiz Abi Antoun. Também foram denunciados Dirceu Pupo Moreira, Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller.

A obra estava sendo licitada em 2014, à beira da reeleição de Beto Richa. Uma gravação trazida à tona pelo ex-deputado Tony Garcia revelou uma conversa entre o então chefe de Gabinete de Beto, Deonilson Roldo, e um outro empreiteiro, em que ficava claro o esquema com a Odebrecht, já escolhida previamente como vencedora da licitação.

Segundo o grupo da Lava Jato que investigou o caso, o grupo de Beto Richa recebeu cerca de R$ 7,5 milhões em vantagens indevidas para garantir que a obra ficasse com o consórcio formado por Odebrecht e Tucuman. Desse valor, R$ 4 milhões foram repassados à pessoa de condinome Piloto, que seria Beto Richa. Outros R$ 3,5 milhões foram pagos por meio de intermediários.

A PR-323, que liga Maringá a Francisco Alves, no Noroeste do Paraná, é uma das estradas mais violentas do estado.

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