A prefeitura de Curitiba já acabou com quase todos os cuidados necessários para a contenção da Covid-19. Nem máscaras mais precisamos usar. Mas o sistema de incentivos para os empresários de ônibus da cidade permanece – e com uma quantia imensa de dinheiro.
Chegou à Câmara um projeto de lei para destinar mais R$ 174 milhões do erário para as famílias que cuidam do transporte coletivo da cidade. Agora, claro, a alegação é de que o diesel subiu demais, e se não puserem as mãos no dinheiro dos impostos os empresários vão quebrar.
Trata-se do velho experimento que a prefeitura de Curitiba vem bancando há várias gestões, de criar o primeiro caso de capitalismo sem riscos na história do globo. Quando o sistema dá lucro, o dinheiro é dos Gulin. Quando dá prejuízo, quem paga é o cidadão com seu dinheiro do IPTU.
O dinheiro que Greca reservou aos donos dos ônibus se divide em duas partes. São R$ 132,4 milhões para cobrir a diferença entre a tarifa social de R$ 5,50 e a tarifa técnica de R$ 6,3694 até o fim do ano.
Os outros R$ 41,6 milhões vão para despesas com material de consumo, serviços de terceiros e de tecnologia da informação e comunicação, para a manutenção do Sistema de Transporte Coletivo.