Deputados jogam para a torcida no primeiro dia de greve

Presença de servidores anima deputados da oposição

A presença de servidores e representantes sindicais da categoria na sessão desta terça da Assembleia Legislativa do Paraná animou os deputados a discursarem longamente a favor da causa.

A oposição aproveitou o holofote para criticar o governo de Ratinho Jr. (PSD). Os deputados do PT Tadeu Veneri, Professor Lemos, Arilson Chiorato e Luciana Rafagnin encerraram seus discursos em meio a aplausos da plateia.

Veneri, líder da oposição, relembrou a promessa eleitoral de Ratinho de recompor as perdas salariais: “temos obrigação de cobrar o que foi dito em período de eleição”. Chiorato foi na linha da falta de vontade política. “Está previsto na Constituição, tem margem fiscal e financeira, falta só decisão política.”

Para Lemos, o estado deve estar ao lado do servidor público, e Rafagnin bateu na tecla dos anos sem reajuste: “a luta começou há quatro anos e até agora os servidores não foram ouvidos.”

Nem mesmo o deputado estadual Hussein Bakri (PSD), líder do governo Ratinho na Assembleia, ousou falar contra. Bakri manteve a linha “direito do servidor e obrigação do estado”, tentando puxar a sardinha de leve para o lado do governador. “Todo governante quer colocar a data-base, mas não dá. É só ver o crescimento que se esperava e o que se teve.”

Em seu discurso, falou da conversa “de alto nível” que aconteceu no dia anterior com os servidores, na qual foi aventada a possibilidade de suspender a greve por uma semana, para que o governo pudesse elaborar uma proposta. A ideia não foi aceita pelos representantes da categoria.

Veneri prometeu um levantamento da situação dos estados brasileiros com relação ao reajuste. Segundo o deputado, Bahia, Ceará e Santa Catarina estariam com a reposição em dia. São Paulo teria conseguido um aumento real de 7% na educação e de 4% na segurança. “Vou trazer esse estudo para não acharem que o Paraná está fazendo um grande favor. Estados que não são referencia econômica estão repondo. Por que só o Paraná vai quebrar com o reajuste?”

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