Câmara amanhece cercada para evitar população; sessão tem tumulto, quebradeira e agressão

Vereadores votam nesta segunda pela manhã projetos que acabam com 2 mil cargos na prefeitura e adiam planos de carreiras

A Câmara de Curitiba amanheceu cercada nesta segunda-feira por guardas municipais. O objetivo é impedir a entrada de qualquer cidadão no plenário em que os vereadores discutem os pacote de medidas enviadas pelo prefeito Rafael Greca (DEM).

Relatos a que o Plural teve acesso dizem que nem mesmo os assessores dos vereadores tiveram acesso ao plenário no início da manhã – só depois do início da sessão a entrada foi permitida. Os chefes de gabinete foram igualmente barrados inicialmente.

Todas as entradas da Câmara estão protegidas por grupos de guardas municipais. No primeiro pacote de Greca, em 2017, o plenário foi ocupado por duas vezes e a votação acabou sendo feita na Ópera de Arame, cercada por PMs.

A assessoria da Câmara afirmou que será permitida a entrada de 28 pessoas apenas, já que esse é o limite permitido por um laudo do Corpo de Bombeiros para o prédio histórico da Câmara.

Depois do início da sessão, manifestantes quebraram vidros do prédio da Câmara. Um servidor, segundo relatos colhidos pelo Plural, foi agredido pelas forças de segurança. A oposição pede a suspensão da sessão, mas o presidente Sabino Picolo (DEM) até agora se recusa a parar os trabalhos.

O pacote de Greca contém uma série de medidas impopulares, que retiram direitos do funcionalismo, especialmente o projeto que protela por mais dois anos a entrada em vigência dos planos de cargos e salários dos servidores.

O pacote também extingue dois mil cargos do poder público, inclui um reajuste para o funcionalismo que não cobre a inflação e traz novas regras para os sindicatos dos servidores.

Do lado de fora da Câmara, sindicalistas e manifestantes protestam usando um caminhão de som. Há relatos de servidores sendo presos.

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