A ideia de Roberto Requião e de Requião Filho não era entrar no PT. Sabendo da rejeição que existe ao partido, a pretensão era ir para algum partido que se associasse ao petismo na hora da eleição, fosse como federação ou como coligado. Assim, a campanha contaria com os recursos do PT (militância, dinheiro, tempo de tevê) sem arcar com o ônus do partido.
No entanto, a decisão do Supremo Tribunal Federal de deixar o fechamento das federações atrasar, ultrapassando o período da janela para mudança de partido, complicou tudo. Corria o risco de pai e filho mudarem para um partido pequeno na crença de que a federação sairia e, na última hora, descobrir que tudo deu errado.
Sendo assim, a única opção era ir ao PT mesmo, para garantir que a disputa em outubro vai ser feita com os melhores recursos possíveis. E o velho Requião agora desdenha da suposta rejeição ao partido. “O Lula está voando baixo aqui no Paraná, essa história de rejeição é bobagem”, diz.