Museu Planeta Água, uma “sala de aula” interativa para diversas disciplinas

Museu recebe alunos de escolas com agendamento e adapta visitas a conteúdos estudados pela turma

Ter a oportunidade de um dia fora da escola, aprendendo com cheiros, sons, atividades interativas e uma abordagem com exemplos práticos de diversas disciplinas, tais como ciências, geografia, física, matemática, química, língua portuguesa. Tudo isso, acompanhado por uma equipe pedagógica que prepara o conteúdo de cada visita guiada de acordo com a turma e os assuntos que os alunos estão vendo na escola. Assim têm sido as visitas dos estudantes ao Museu Planeta Água, desde o dia 1º de setembro.

O Planeta Água é como uma grande sala de aula onde todos os temas podem ser abordados de forma didática. “Sempre que possível, trazemos conhecimentos relacionados ao Paraná e ao Brasil. É o que acontece, por exemplo nos painéis Florestas, Rios Voadores, Água é Saúde e História do Saneamento. Até quando contamos a história geológica da Terra trazemos esse conteúdo para a nossa realidade. Isso gera conexão, interesse e encantamento”, destaca Wil Caravanti, coordenador geral do projeto de criação do Museu.

Sucesso de público e agendamento

Desde que foi inaugurado, em 29 de junho, o Museu Planeta Água já recebeu cerca de duas mil pessoas, sempre com visitação gratuita. Até o final de agosto, ocorreram somente visitas técnicas. A partir de setembro, o espaço começou a receber alunos e professores de escolas públicas e privadas, além de universidades. O agendamento para as instituições de ensino é feito somente pelo site do museu, no “botão” Agendar Visita. Após o clique, os interessados são direcionados ao ambiente de agendamento onde devem preencher os dados da escola, dos alunos, ano da turma e data pretendida para a visitação. A confirmação chega para a escola pelo e-mail informado durante o cadastro.

Equipamentos do museu atraem a atenção das crianças. Foto: Tami Taketani/Plural

“Então, a equipe pedagógica, composta por três mediadores e um educador, prepara as dinâmicas de visitação, jogos, enfim, o roteiro personalizado dessa visita, de acordo com a faixa etária e realidade de cada turma”, detalhou o gestor. A procura tem sido tão grande que os agendamentos para escolas estão lotados até 12 de dezembro. Em novembro iniciará a visitação para o público geral, também com agendamento pelo site do Museu.

“O que nos deixa mais felizes é ver a reação das pessoas durante a visita: o encantamento com os sons, imagens, vídeos, cores, peças cenográficas e até com os bancos em formato de onda do mar. Dá um orgulho danado ver a equipe educativa preparando as visitas, uma a uma. É muito conteúdo e cada espaço pode ser uma aula completa. São temas interdisciplinares que colaboram muito para o aprendizado e para a divulgação da temática da conservação da água”, disse Wil Caravanti.

Para todas as idades

O espaço é acessível à população de todas as faixas etárias, desde crianças até idosos. Porém, o gestor destaca o potencial de colaborar com a educação de crianças e adolescentes. “O Museu Planeta Água surgiu com a visão de que a mudança só acontece pela educação e pelo conhecimento. Como legado, a proposta do espaço é trazer aos visitantes uma experiência imersiva em todos os aspectos que envolvem a água. Toda a preparação educativa é conectada às grades educacionais das escolas, sobretudo as instituições das redes municipal e estadual”, observou Wil Caravanti.

Apesar de a ideia ter surgido há 10 anos, a tecnologia presente no Museu é de ponta e interage com os mais diversos públicos, desde adultos até crianças. “Há 10 anos, quando a Sanepar tinha 49 anos, eu propus um museu sobre a água. Naquele momento, São Paulo vivia uma grave crise hídrica. Até então, o Paraná nem imaginava a crise que viveria nos anos seguintes. O que trouxemos é uma experiência atualizada, com conexões claras entre a realidade atual e os ensinamentos científicos. É uma vivência única e contagiante”, garantiu Wil Caravanti.

O gestor do museu também destacou o que mais vem chamando a atenção dos visitantes. “O esqueleto da baleia azul em tamanho real, com 23,5 metros, todo revestido de plástico, é um manifesto contra a poluição dos oceanos. A área com os globos mostra as reservas de água existentes na Terra, a influência da Lua sobre as marés e até a existência de água em grande quantidade noutros locais do sistema solar. Os espaços Água e Morte e Água é Preciosa são muito impactantes por retratarem como os seres humanos têm contribuído para poluir a água e destruir os ambientes naturais. As crianças amam especialmente o monitor touch screen dos oceanos, onde aprendem sobre as espécies marinhas. E pessoas de todas as idades fazem fila para subir na balança e descobrir quantos litros de água existem em seu próprio corpo e qual é a quantidade de água que precisam beber diariamente para se manterem saudáveis”, finalizou.

Serviço
O Museu Planeta Água fica na Rua Engenheiro Antônio Batista Ribas, 151, no bairro Tarumã, em Curitiba.

Sobre o/a autor/a

1 comentário em “Museu Planeta Água, uma “sala de aula” interativa para diversas disciplinas”

  1. Muito bom que a cidade disponha de mais um museu. Parabéns aos responsáveis!

    Por se tratar de uma iniciativa relacionada à educação e à popularização de temas ligados à ciência, considero fundamental observar que há grave equívoco em uma das falas do entrevistado. Particularmente, quando afirma que “…a pandemia de Covid-19, cuja melhor forma de prevenção é a higienização das mãos e rosto com água”. Imagino que tenha sido um engano, no calor do momento da entrevista, porém, seria necessário ressaltar que a transmissão do vírus da Covid-19 se dá principalmente pela via aérea. Neste contexto, para além da importância das vacinas, a melhor proteção se dá por meio do uso de máscaras, pela ventilação de ambientes e pelo uso de sistemas de filtragem e purificação do ar.
    É sempre bom lembrar que, no auge da pandemia, fomos submetidos a infindáveis discursos e práticas não referendados pela boa ciência. A ideia de que “lavar as mãos” ou passar álcool em gel são formas de prevenir a Covid-19 não se sustenta com base na ciência. Há tanta outra coisa boa que se pode fazer com a água! Certamente que poderemos aprender muito com o museu.

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