Vídeo silencioso quer ajudar mulheres vítimas de violência em Curitiba

Grupo criou e está divulgando material com informações necessárias para a proteção de mulheres em situação de violência

As consequências do isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus têm aparecido no Paraná. A quarentena resultou em um aumento nos indicadores de violência. Entre os dias 16 de março e 23 de abril, a violência contra a mulher cresceu 15%. Além disso, houve aumento de 12% nos feminicídios tentados e consumados.

Diante desse cenário, um grupo de mulheres de Curitiba criou e está divulgando um vídeo silencioso para ajudar mulheres em situação de violência na cidade. Tudo foi inspirado na iniciativa do MoviELAS, coletivo que reúne profissionais das áreas de som e imagem do Distrito Federal.

O material copia praticamente toda a sequência do conteúdo formulado pelas mulheres do DF, porém adapta as informações dos contatos da rede de atenção voltada às moradoras da cidade de Curitiba. O vídeo original circulou no último domingo (3) nas redes sociais. Já nesse momento, o grupo de curitibanas percebeu a importância e a urgência do trabalho. O material foi feito, editado e publicado em três dias. Tudo sem sair de casa.

O coletivo reúne profissionais liberais, jornalistas, servidoras públicas, enfermeiras, artistas populares, educadoras, estudantes e ativistas sociais. O vídeo mostra mulheres em diversas faixas de idade. As informações sobre os telefones e contatos de urgência para as mulheres buscarem socorro na rede de atenção de Curitiba foram extraídos das postagens institucionais da Casa da Mulher Brasileira.

O objetivo do vídeo silencioso é levar informação até a mulher que sofre violência doméstica/familiar e que está, isolada com seu agressor nessa pandemia. Neste contexto, a mulher pode ficar impossibilitada de fazer denúncias e pode ser flagrada conversando com os agentes de serviços de proteção.

O material também incentiva vizinhos, amigos e parentes a denunciarem as agressões e a socorrerem as mulheres antes que seja tarde demais. “Um silêncio que salva e que quebra com o outro silêncio, o que permite ferir e matar”, diz o grupo.

A ideia do coletivo do DF também está inspirando a iniciativa de outra curitibana, residente hoje no estado de Rondônia, que também prepara uma versão adaptada à realidade local.

Confira o vídeo:

Mulheres
Lorena Aubrift Klenk
Sandra Barbosa
Thea Tavares
Lêda Klenk
Adriana Claudia Kalckmann
Victória Reneé Kalckmann
Susi Monte Serrat
Simone Belkis
Anaís Monte Serrat Magalhães
Josy Grossklaus
Christina Bittencourt
Aparecida Gonçalves
Lívia Maciel Faleiro
Marina Tavares Faleiro
Raquel Meira
Denise Soares
Giuliana Teles
Claudia Sória
Alessandra Consoli
Gléri Mangger
Beatriz Werner Nogarotto
Adriane Werner
Eliane Bueno
Manuela Bittencourt Kuerten
Ana Carolina Carneiro
Juliana Escher
Maria Julia Escher Skowronski
Islany Silva

Agradecimentos adicionais
Cíntia Bruno
Juh Moraes (Montagem) – www.juhmoraes.com
Casa da Mulher Brasileira de Curitiba
MoviELAS (Inspiração).

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