UFPR identifica alunos de Engenharia Mecânica em trote violento

Por ora, nomes dos envolvidos no caso, ocorrido na semana passada, não serão divulgados para garantir o direito de defesa

Nesta terça-feira (30), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) informou que a investigação preliminar do trote violento que aconteceu na semana passada em um dos campus da universidade foi concluída. 

A ação preliminar identificou os alunos responsáveis pelos atos e encaminhou a apuração à Diretoria Disciplinar da instituição que seguirá os trâmites legais para responsabilizar os envolvidos. 

Na última sexta-feira (26), foram registradas imagens de um trote nas proximidades do Centro Politécnico da Federal em Curitiba. Nas filmagens, é possível observar alunos ajoelhados e com as mãos no chão tendo suas costas molhadas por produtos ainda não identificados enquanto repetem frases degradantes ditas por seus veteranos. 

UFPR

A UFPR identificou estudantes do curso de Engenharia Mecânica como os responsáveis pela ação. Por ora, os nomes dos envolvidos no caso não serão divulgados para garantir o direito de defesa de cada um deles.  

Em nota, a instituição reiterou que repudia ações como essa. “A UFPR repudia qualquer forma de discriminação ou violência, seja física, verbal ou simbólica”, diz o documento. “Comprometida com um ambiente acadêmico seguro, inclusivo e respeitoso, a universidade tomará medidas para combater práticas que violem esses princípios.”

Trote violento

No fim de março de 2022, cerca de 20 calouros do curso de medicina veterinária da UFPR, ficaram com queimaduras em seus corpos após participarem de um trote violento. 

O caso aconteceu no campus de Palotina, no oeste do estado, as queimaduras no corpo dos estudantes foram causadas pelo uso de creolina na aplicação do trote. 

Após investigações, cerca de 25 estudantes foram afastados da universidade por um período de 30 dias. No início de abril, quatro estudantes foram detidos pela polícia, mas três deles foram liberados após o pagamento da fiança. Os alunos indiciados na ação responderam pelos crimes de lesão corporal e constrangimento.     

UEL

Outro trote violento aconteceu em 2014, na Universidade Estadual de Londrina (UEL), na ocasião calouros foram obrigados a andar como cães, usar coleiras enquanto ordens de seus veteranos e eram obrigados a ingerir bebidas alcoólicas. Na época, a pró-reitoria da instituição repudiou os atos e instaurou uma investigação em parceria com os centros acadêmicos universitários para identificar e responsabilizar os estudantes envolvidos na ação. Além disso, a UEL disponibilizou números telefônicos para que estudantes denunciem práticas abusivas.

MP-PR

No ano seguinte, em 2015, antes do início do ano letivo, o Ministério Público do Paraná (MP-PR), através da Procuradoria da República no Paraná, notificou as universidades paranaenses, para que essas orientassem seus alunos a não realizar e nem participar de trotes violentos. 

Desde de então as instituições incentivam a prática de trotes solidários e instruem seus alunos a não praticar trotes abusivos. Além disso, é recomendado que as instituições penalizem alunos que venham a cometer tais atos e criem canais de denúncia que facilitem a comunicação e prevenção de trotes violentos. 

Colaborou Julia Sobkowiak.

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1 comentário em “UFPR identifica alunos de Engenharia Mecânica em trote violento”

  1. Isso se repete ao após ano… o que acontece com esse humano que passa esse tipo de trote???? Degradação humana? ” a humanidade é um projeto falido”.

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